O universo da guitarra, mais
especificamente o do timbre de guitarra. Tão vasto com seus pedais,
amplificadores, captadores, guitarras (obviamente) e muito mais coisas, e tão
interessante, capaz de nos proporcionar os mais diversos sentimentos. Tão especial
para nós que até mesmo um simples sentimento consumista precisa de uma sigla
específica: GAS (Gear Acquisition Syndrome),
a qual fiquei muito surpreso ao descobrir não ser apenas uma sigla e sim um
termo realmente técnico (ao vê-lo no Wikipedia hahaha).
Parte por GAS, parte pelo espírito empirista, os últimos anos foram de
algumas experiências e muitas pesquisas sobre este vasto universo, as quais, junto
a bons trabalhos como os dos blogs Loucos Por Guitarra e Minha Guitarra de Cedro,
me incentivaram a criar este blog, com intuito de compartilhar o que aprendi e
aprender ainda mais com você, leitor.
Como tudo dentro do tema “timbre de guitarra” é baseado no
gosto do guitarrista e como muitos posts
serão experiências que o guitarrista que lhe escreve fez, achei imprescindível
contar um pouco da minha história e minhas preferências. Assim sendo, inspirado
no primeiro post do blog Minha Guitarra de Cedro, decidi fazer deste primeiro post um breve resumo sobre minha trajetória.
Me mudei para
o bairro da Pompéia (sei que essa informação parece meio perdida, mas será
importante para futuros posts), na
cidade de São Paulo, aos 3 anos e nunca mais saí (hoje tenho 23). Comecei
tocando violão de forma autodidata aos 11 anos com ajuda do meu pai e do meu
irmão, que já tocavam, e dos sites de cifra na internet. Muito do que considero
bom na pegada/tocabilidade de uma guitarra provém deste meu começo no violão de
nylon, como braços gordos com shapes
U ou D (C não é de todo ruim também), por exemplo. Continuei autodidata até o
segundo ano do colegial (2009) quando fiz um ano de aulas particulares de
violão para corrigir algumas coisas e aprender um pouco sobre improvisação (só
fixei a pentatônica mesmo, infelizmente). Posteriormente prossegui como
autodidata. Dessa forma, já afirmo que não sou um bom guitarrista (sou intermediário)
e talvez meu conhecimento técnico sobre pedais, captadores, etc, seja superior
à minha qualidade técnica como instrumentista (façam o que eu digo não o que eu
faço haha). Pretendo colocar alguns vídeos dos meus equipamentos em ação, então
não se assustem com minha deficiência técnica.
Minha história
no universo do timbre de guitarra, de forma mais profunda, só teve início no segundo ano de faculdade
(2012), quando me reuni com amigos para formamos uma banda. Agora como
universitário, tinha conseguido juntar uma grana com a bolsa de iniciação
científica e dando aulas particulares de química e desejava comprar uma nova
guitarra (substituir minha Epiphone Les Paul 100 – que guitarra horrível;
péssima compra) e necessitava comprar um novo amplificador, visto que um
Marshall MG15 não iria dar conta nem dos ensaios. A limitação financeira de
estudante, e, atualmente, de formado não-assalariado, é importante nesta
trajetória, visto que sempre tive que escolher o melhor custo x benefício das
coisas. Isto desencadeou o meu apreço por amplificadores transistorizados
(sim, eu gosto), a descoberta dos pedais handmade, a customização de guitarras
chinesas, e, principalmente, a valorização do trabalho brasileiro, que possui
muitíssimas coisas de qualidade (dentre elas, madeiras!!!). As primeiras pesquisas foram na busca de
amplificadores, pois a guitarra já estava decidida: uma Epiphone Les Paul
Standard (essa sim, coreana, uma maravilha). Comprei um Giannini Thuder Sound
SL em um combo 2x12, com falantes Novik, talvez a pior compra da minha vida. Muitíssimo pesado e
alto (em volume: moro em apartamento!!), que, apesar de revisado, só me deu
problema por causa do transporte para os ensaios.
Depois de gastar mais de 50% do que havia pago nele em consertos, justamente quando ele estava em perfeito funcionamento, não me sentia mais confortável em tocá-lo. A válvula quente não me dava tesão, só me dava medo, e, na minha opinião o que importa é a diversão, não somente o timbre. Vendi e até hoje não me sinto confortável com um valvulado (embora aquele tenha sido, sonoramente, o melhor amplificador no qual toquei). Posteriormente, descobri que ele foi revisado e teve seu combo confeccionado pela JW Tubes (processo que pode ser visto aqui), de onde consegui estas fotos dele (quem comprou se deu muito bem, porque estava perfeito depois dos consertos):
Depois de gastar mais de 50% do que havia pago nele em consertos, justamente quando ele estava em perfeito funcionamento, não me sentia mais confortável em tocá-lo. A válvula quente não me dava tesão, só me dava medo, e, na minha opinião o que importa é a diversão, não somente o timbre. Vendi e até hoje não me sinto confortável com um valvulado (embora aquele tenha sido, sonoramente, o melhor amplificador no qual toquei). Posteriormente, descobri que ele foi revisado e teve seu combo confeccionado pela JW Tubes (processo que pode ser visto aqui), de onde consegui estas fotos dele (quem comprou se deu muito bem, porque estava perfeito depois dos consertos):
Acontece que ele era um amplificador sem saturação, ou seja, minhas pesquisas prosseguiram nos pedais de drive os quais comecei com um Marshall Bluesbreaker II e um Boss FBM-1 (novamente compras horríveis), e daí por diante nunca mais parei de pesquisar.
Por fim, ressalto meu gosto musical, o qual se concentra nas décadas de 60 e 70 (meu gosto por rock, por exemplo, termina em 1980 com a morte de John Boham e o fim da minha banda preferida) e em bandas atuais inspiradas nesta época, tais como Tame Impala, Temples e as brasileiras O Terno e Boogarins. Ou seja, dificilmente você, leitor, verá posts sobre pedais distortion, guitarras superstrato, virtuosismo demasiado, como conseguir o timbre do Slash (esse com certeza não estará aqui hehe), etc, até porque não tenho conhecimento para falar sobre. De qualquer forma, sintam-se livres para comentar e sugerir os temas :)
Nos vemos nos
próximos posts!
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