tag:blogger.com,1999:blog-19617777743432547712024-03-13T19:08:13.246-07:00Guitarra TimbradaUm blog para compartilhar e aprender neste vasto mundo que é o timbre de guitarraFelipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-45846425515934957972017-12-12T09:37:00.000-08:002017-12-12T14:00:31.095-08:00Eva, minha Giannini Supersonic 67- 69<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Começa
hoje uma série de <i>posts</i> sobre
guitarras antigas que adquiri. Foi mais de um ano que este <i>blog</i> ficou sem publicar e muita coisa ocorreu neste meio tempo, principalmente
com instrumentos, cujas reformas, procura de peças, negociações, entre outras
coisas, me tiraram o tempo de escrever aqui. Não só volto, entretanto, como
retorno falando de muita coisa legal!<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Resolvi
começar essa série a partir de um sonho antigo. Desde que comecei a pesquisar
sobre instrumentos antigos brasileiros, caí na graça, como tantos, da Giannini
Supersonic. Esta guitarra é uma das mais simbólicas, se não o <i>holy grail</i>, das produções brasileiras
antigas, por sua originalidade, qualidade e sucesso (sendo a primeira e
principal guitarra do Edgar Scandurra, por exemplo). A história desse modelo no
Brasil e de seus amantes merece um <i>post</i>
especial, que, portanto, não aprofundarei aqui.<o:p></o:p></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Voltando
ao meu exemplar em específico, gosto de dizer que minhas guitarras preferidas não fui eu
quem foi atrás delas, mas sim as próprias que vieram até mim. Na manhã do meu
aniversário, estava despretensiosamente olhando o <i>Facebook</i> quando dei de cara com um anúncio de venda de corpo,
braço, ponte e <i>knobs</i> de uma Giannini
Supersonic do final da década de 60, período de produção mais prestigiado para
este modelo. Foi a deixa para a compra do meu presente de 24 anos. Como se não
bastasse tudo isso, o vendedor era ninguém menos que o excelente músico e aficionado
por instrumentos brasileiros antigos Fernando Temporão, o qual tinha ouvido
falar justamente uma semana antes nesta publicação do <i>blog</i> Minha Guitarra de Cedro do meu amigo e vizinho Gabriel
Longhitano. As coincidências foram suficientes para afirmar que Eva, nome o qual
batizei após literalmente sonhar com a guitarra com esse nome, veio até mim por
puro instinto.<o:p></o:p></span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-t-0DElip9Cc/WjBPwQJ4mgI/AAAAAAAABXM/kCevoBK11GMkYEO4ML-n8v4MkJULz1TUwCLcBGAs/s1600/14563478_10154603018009176_7095069396334251028_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" height="213" src="https://1.bp.blogspot.com/-t-0DElip9Cc/WjBPwQJ4mgI/AAAAAAAABXM/kCevoBK11GMkYEO4ML-n8v4MkJULz1TUwCLcBGAs/s320/14563478_10154603018009176_7095069396334251028_n.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto do Fernando Temporão quando o braço estava à venda. Nota-se a escala bem suja</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-_Ahz0tPwK4c/WjBM4B4hidI/AAAAAAAABW0/UuOkZ2F6H-ETPGxp5jbRgP7nhT-U9UJXQCEwYBhgL/s1600/18893111_1358124470934924_4477842317745581767_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="540" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-_Ahz0tPwK4c/WjBM4B4hidI/AAAAAAAABW0/UuOkZ2F6H-ETPGxp5jbRgP7nhT-U9UJXQCEwYBhgL/s320/18893111_1358124470934924_4477842317745581767_n.jpg" width="180" /></a><span style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">Corpo
maciço em Cedro apenas envernizado (natural é a melhor pintura, sempre, no
máximo um tingimento), braço em peroba muito gordo e redondo (melhor impossível),
escala em jacarandá-da-bahia lindíssima, </span><i style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">knobs</i><span style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">
e </span><i style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">plate</i><span style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> numerado que são a parte mais
bonita da guitarra. Para completá-la comprei captadores Fender Pure Vintage 65’
(não vieram com os originais sextavados do Seu Vitório, infelizmente), que
também merecem um </span><i style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">post</i><span style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> exclusivo, um
lindo escudo creme feito pelo Rafael Lopes Luthier, elétrica </span><i style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">50s wiring</i><span style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> com capacitor à óleo Cherry
.47 uF, também nacional, potenciômetros Alpha e blindagem e tarraxas vintage
Wilkison EZ Lok (foi complicado encaixar mas entraram). O </span><i style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">nut</i><span style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> e os trastes jumbo foram serviços da LPG Luthieria do
sempre prestativo e gente fina Paul.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-rgn0eE4_l-o/WjBM4Cy5yAI/AAAAAAAABW8/SKQ4dgT_88gnH4pLqxAsFco8m8_Sk6x_QCEwYBhgL/s1600/18882267_1358124434268261_3180836344290868649_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="540" height="320" src="https://3.bp.blogspot.com/-rgn0eE4_l-o/WjBM4Cy5yAI/AAAAAAAABW8/SKQ4dgT_88gnH4pLqxAsFco8m8_Sk6x_QCEwYBhgL/s320/18882267_1358124434268261_3180836344290868649_n.jpg" style="cursor: move;" width="180" /></a><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">A
guitarra tem um timbre bem aberto, mais do que todas as guitarras que tive
incluindo a Etna, com corpo de Swamp Ash. Entendo os comentário do <i>blog</i> Loucos Por Guitarra quando afirmam
a falta de médios do cedro, mas isso é fator importante para deixar o timbre
mais aberto e cristalino do que em outras guitarras Fender. O braço de peroba,
madeira duríssima, também deve ter papel importante nesta “abertura” de timbre. Eu
particularmente gostei muito, sobretudo da posição braço+ponte (que nas strato de
fábrica não existe, veja só) fora de fase que fica em algo entre telecaster e
jaguar. A ponte original é <i>big block</i>
em aço, que, junto ao corpo leve e provavelmente bem seco (afinal são 50 anos
de história) fazem tudo vibrar intensamente e ter ótimo <i>sustain</i>. A guitarra respira e vive! Mais tarde consegui um <i>case</i> original da Giannini, de um modelo anterior da Supersonic, com o Gabriel Coriolano do <i>blog</i> <a href="https://estudio218.wordpress.com/">Estúdio 218</a>.</span><br />
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">Essa é a história da Eva,
minha senhora de 50 anos que me procurou para tomar um chá em casa e nunca mais
saiu.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-KQU0FCBbNgE/WjBM0GCJ6HI/AAAAAAAABW8/9DKds0Xal-U_JuBfG_lyDwYY6tCgF-oCwCEwYBhgL/s1600/18893214_1358124304268274_3314905899312567478_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="540" data-original-width="960" height="225" src="https://1.bp.blogspot.com/-KQU0FCBbNgE/WjBM0GCJ6HI/AAAAAAAABW8/9DKds0Xal-U_JuBfG_lyDwYY6tCgF-oCwCEwYBhgL/s400/18893214_1358124304268274_3314905899312567478_n.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Até
o próximo <i>post</i>!<o:p></o:p></span></div>
</div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-27516271484539166422017-12-12T08:45:00.000-08:002017-12-12T09:37:48.718-08:00Os Principais Componentes no Timbre de uma Guitarra II<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Pouco tempo após o <i>post</i> “Os Principais Componentes no
Timbre de uma Guitarra” a Guitar Player publicou um artigo sobre comprimento da
escala. E eu não só me toquei que havia esquecido de citar esta característica
no <i>post,</i> como fiquei ciente do quão
mais importante ela é do que eu realmente achava. Pra quem não leu o <i>post</i> vale a leitura, mas, resumindo
rapidamente, enumerei os principais aspectos que determinam o timbre de uma
guitarra me baseando na tríplice coroa: Telecaster, Stratocaster e Les Paul,
das quais derivam a enorme maioria das guitarras. Pois bem, hoje já posso dizer
que o principal componente da guitarra é o comprimento da escala e que grande
parte do que creditava ao tipo de junção do braço na verdade provém da primeira
característica. Atualizando, então: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
1ª - comprimento da escala<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
3ª - captadores<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
3ª – madeira do braço e da escala<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
4ª – madeira do corpo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Mas como comprimento da escala
interfere tanto no som?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Para isso recomendo a leitura
<a href="http://guitarra99.blogspot.com.br/2011/12/polemica-da-posicao-do-captador-do.html">deste <i>post</i></a>, mais uma vez do <i>blog</i> Loucos Por Guitarra, e do qual
retirei imagens que aqui estão.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
No universo Fender – Gibson existem
dois comprimentos de escala: 25.5” (Fender) e 24.75” (Gibson). A primeira
diferença nítida nesta característica é que os trastes são mais próximos na
Gibson, obviamente, e a tensão das cordas é menor. Voltando à física de
colegial: quando a corda vibra, a frequência emitida é determinada pelo
comprimento da corda (distância entre o <i>nut</i>
ou traste da casa tocada e a ponte) e pela tensão dela. Quanto menor a tensão (<i>drop tuning</i>, por exemplo) ou maior o
comprimento (casas menores, por exemplo) menor a frequência (mais grave) e
vice-versa. Isso explica uma tensão menor, para a mesma afinação, nas cordas em
uma Gibson, que tem comprimento menor de escala. A tensão maior é muito mais uma questão de pegada, pois, apesar de
destacar os agudos, é muito mais sutil do que outra consequência do comprimento
da escala que será tratada aqui. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Acontece que não é apenas a frequência
principal que é emitida por uma corda, e sim várias outras que são múltiplas
dela, chamadas harmônicos (mais agudas, de menor comprimento de onda) e que são
a chave do timbre. Instrumentos diferentes destacam harmônicos diferentes e
que, por consequência, nos permite diferenciar um Lá de um piano e de um
violão, por exemplo.<o:p></o:p><br />
<img src="https://3.bp.blogspot.com/-yv4QR_h2TMk/Tt0toafnwYI/AAAAAAAAAqs/Y5lsnFFYLwM/s1600/vibrationmodes.png" /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Como mostra o desenho acima, esses harmônicos aparecem com amplitude (volume da frequência) diferentes dependendo da região da corda, ou seja, são mais perceptíveis em diferentes regiões dela. Por isso, que captadores da ponte e do braço apresentam timbres tão distintos. (1) <span style="text-indent: 35.4pt;">O comprimento da escala, então, determina qual a distância entre essas regiões, quanto menor, mais juntas e vice-versa. Assim, para uma mesma região, o conjunto dos volumes dos diferentes harmônicos, que nós entendemos como timbre, será muito diferente se o comprimento das escalas analisadas também o for.</span><br />
(2) Seguindo essa lógica, quanto maior a região analisada, maior será a amplitude de graves. Isso acontece porque o comprimento de onda das frequências mais altas (comprimento de onda menor) é geralmente menor que o comprimento da região analisada, de forma que estaremos captando nela tanto amplitudes maiores (picos e vales) quanto menores (nós) destas frequências, algo que não se aplica para frequências graves.<br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">(3) Por fim, outro fator que corrobora com essa diferença é o tamanho do captador, pois suas dimensões determinam a área da corda, ou região, que será captada. </span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">A partir destas três afirmações conseguimos entender melhor porque as Fender soam mais abertas/ magras/ agudas e as Gibson mais fechadas/ gordas/ graves. Nas Fender, o comprimento de escala é maior (harmônicos estão mais espaçados = timbre mais aberto), o captador é menor (região menor = menos graves captados) e single (agudos). Nas Gibson o comprimento de escala é menor (</span><span style="text-indent: 47.2px;">harmônicos estão mais juntos = timbre mais fechado), o captador é maior (região maior = mais graves captados) e<i> humbucker</i> </span><span style="text-indent: 35.4pt;">(mais graves). </span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">Não à toa, quando Seth Love foi chamado pela Fender para desenvolver uma versão de <i>humbucker</i> para a marca, optou por um captador de dimensões maiores que os <i>humbucker</i> que havia desenvolvido para as Gibson, pois a escala 25.5", de harmônicos mais espaçados, necessita de uma região de captação maior para obter os mesmo harmônicos da escala 24.75" da Gibson.</span><br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-G13fFiQFJ_E/WjAG3ijMVkI/AAAAAAAABWg/lkfT6jLbPOwFAIS2unpwKO29t_U_sTzYQCLcBGAs/s1600/Sem%2Bt%25C3%25ADtulo.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><img border="0" data-original-height="197" data-original-width="786" height="100" src="https://1.bp.blogspot.com/-G13fFiQFJ_E/WjAG3ijMVkI/AAAAAAAABWg/lkfT6jLbPOwFAIS2unpwKO29t_U_sTzYQCLcBGAs/s400/Sem%2Bt%25C3%25ADtulo.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i>Wide Range Humbucker</i> (à esquerda, desenvolvido por Seth Love à Fender) e <i style="font-size: 12.8px; text-indent: 47.2px;">humbucker</i><span style="font-size: 12.8px; text-indent: 47.2px;"> comum </span>(à direita - desenvolvido por Seth Love à Gibson)</td></tr>
</tbody></table>
O comprimento da escala, portanto, é, ao meu ver, o item mais importante no timbre de uma guitarra. Peço perdão pela má redação da lógica física por detrás, mas qualquer dúvida estamos à disposição.<br />
<br />
Até o próximo <i>post</i>!</div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-29275941982396695072016-11-08T13:03:00.000-08:002016-11-08T13:03:05.047-08:00Entrevista com Éder Martins<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Olá pessoal, é com honra que eu trago
a vocês um jovem e grande guitarrista e “timbrista” do cenário paulistano: Éder
Martins.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-ACILFx90e6k/WCI35iYod9I/AAAAAAAABOM/BLwGaw-GfiUjWo0auBRapMStCfVPONVQQCLcB/s1600/14925695_10209396652966838_4403084096447418335_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-ACILFx90e6k/WCI35iYod9I/AAAAAAAABOM/BLwGaw-GfiUjWo0auBRapMStCfVPONVQQCLcB/s320/14925695_10209396652966838_4403084096447418335_n.jpg" width="213" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Conheci o Éder em uma festa na USP em
que ele estava tocando com sua banda Electric Hendrix Tribute no Palco do Lago
(esse lugar merece um <i>post</i> próprio).
A semelhança física com o maior guitarrista de todos os tempo, o visual à
caráter (incluindo uma strato branca de escala clara à lá a de <i>Woodstock</i>) e a performance da banda foram
extremamente marcantes. Com certeza um dos maiores shows que vi na faculdade.
Mais tarde, com o sucesso do projeto Jazz na Kombi, o vi novamente em grandes
performances, desta vez na minha <i>timeline</i>
do Facebook. A cartada final foi ver algumas fotos em que ele empunhava duas
dais mais lindas guitarras <i>vintage</i>
brasileiras que já: entrevistá-lo se tornou obrigação. <o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Guitarra
Timbrada:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Éder, seu currículo é extenso tanto em
formação quanto em carreira. Nos fale da sua trajetória como estudante de
guitarra e como guitarrista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Éder
Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“<i>O
interesse pela guitarra começou na adolescência: o meu irmão mais velho tocava
violão, daí quando ele não estava tocando eu pegava o violão escondido (rs) e foi
assim que aprendi a dedilhar os primeiros acordes. Ainda nessa época fiz
algumas aulas particulares com professores da minha cidade.<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Alguns
anos depois entrei para o coral da cidade e comecei a estudar canto coral, depois
canto lírico e depois ingressei no CDMCC (Conservatório Musical Dr. Carlos de
Campos de Tatuí) agora sim no curso de Guitarra.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">As
atividades que exercia profissionalmente nessa época era dar muitas aulas de
guitarra e violão, tocar e cantar numa banda de Heavy Metal, às vezes, fazia
também violão e voz pelos bares da região.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Depois
que saí do Conservatório, me mudei pra São Paulo, continuei minhas atividades
com aulas particulares e toquei em bandas de Rock, MPB e Psicodélicas.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Em
2009, um ano depois que vim pra São Paulo, formei a Banda Electric Hendrix Tribute
(Tributo à Jimi Hendrix). Atualmente, dou aulas particulares de guitarra, toco e/ou
acompanho nas bandas Tonico Reis, La Moustache e Chaiss na Mala, além da E.H.T,
claro.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O projeto Jazz na Kombi ganhou muito
destaque no meio artístico jovem paulistano. De que forma você acha que o <i>jazz </i>se aproxima de suas raízes com este
projeto?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Éder
Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“O
jazz, ao longo do tempo, teve seu movimento elitizado, onde só era possível
assisti-lo e apreciá-lo em grandes salas de concerto/Bares, a preços altíssimos
e consumido em maior parte pela burguesia, se esquecendo da sua origem: as
ruas, o gueto, a roça...que foi da onde surgiram os primeiros instrumentistas
que os concretizaram.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Com
o surgimento do jazz na Kombi e suas referentes bandas que participam, resgatou-se
o que foi plantado pelas raízes do jazz, ocupando ruas, praças, vielas,
favelas, e, melhor ainda, sem custo algum. Crianças, jovens e adultos
assistindo grandes concertos de grandes bandas da cena musical instrumental
paulistana, tanto de bandas novas quanto da velha guarda, além de artistas
internacionais consagrados. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Acho
que isso é o que concretiza a aproximação das minhas raízes: o resgate de um
movimento cultural e artístico priorizando a música negra e que tem de se
expandir mais e mais...”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">O que você acha que mais aprendeu com
o Jazz na Kombi?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Éder Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Acho
que o reforço do espírito coletivo para realização de tal...e a troca de informações
obtidas com os músicos que participam, tanto com quem está executando quanto com quem está observando. Obs: e um
aprendizado grandioso.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Quais são os guitarristas em que você
mais se inspira e por quê?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US;">Éder Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US;">“Nossa!! </span></i><i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">São muitos (rs)... lá
vai: George Benson, John Mclaughlin, Wes Montgomery, Pat Metheny, Allan
Holdsworth, Joe Pass, John Scofield, Steve Vai, Jimi Hendrix, John Lee Hooker, George
Harrison, David Gilmour, Helio Delmiro, Ari Piassarollo, Kiko Loureiro, Mozart
Mello, Heraldo do Monte, Lanny Gordin, Pepeu Gomes, Tony Iommi, Fabio Leal, John
Petrucci e Toninho Horta... porque como
eu acostumei a escutar e a estuda-los,
são os principais que eu aciono em
processos de composição, mas pode ir além dos guitarristas citados. Escuto muitos
sons, barulhos, ruídos na rua e isso pode me influenciar também.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Seus trabalhos vão muito além dos
citados, de que forma você acha que eles influenciam seu modo de tocar? Existe
algum exemplo (<i>riff</i>, dedilhado,
rítmico) desta(s) influência(s) no seu modo de tocar?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Éder Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Sim,
influenciam nas mais variadas formas de tocar, quer seja no timbre, quer na levada,
rítmica ou riffs e improvisos. Tem um exemplo de timbre na terceira faixa do
disco do Afrodisia, do Chaiss Quinteto, “Double Face”, principalmente lá pelos
2:58 onde começa o solo de guitarra. Acho que ficou bem próximo ao timbre de
guitarra do Allan Holdsworth. A faixa e o disco podem ser escutados no YouTube.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Você acredita possuir alguma
“assinatura guitarrística”? Se sim, qual?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Éder Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Acredito
que sim. Acho que a voz transposta pra guitarra...a voz te expande em vários
horizontes na guitarra, seja nos fraseados ou nos acordes em aberturas e
inversões. Há quem diga que a guitarra é o instrumento mais próximo da voz.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT: Mudando para o assunto timbre, qual
o seu set de pedais (é fixo ou varia) e de que forma você os usa?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Érico Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Então,
alguns tempos atrás eu variava mais. No começo da E.H.T, por exemplo, eu usava
só a distorção do próprio amplificador com Wha Wha Cry Baby, e, às vezes, com
um fuzz e um delay também. Hoje eu uso um ME50, processador de efeitos da Boss,
e a forma que eu uso depende das bandas que toco. Algumas já deixo ele regulado
com os efeitos que utilizei nas gravações do disco, como nas músicas do Tonico
Reis, ou na la Moustache. Na E.H.T e no Chaiss na Mala, que são bandas mais
livres na questão de improviso, às vezes eu misturo um efeitos na hora e fica
bem louco. Na USP tem vários pássaros e eu queria reproduzir o efeito de algum
deles que ficam na praça do relógio. Consegui um som parecido num show da
E.H.T, totalmente de improviso na Boss, não programei nada...(rs)”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Qual (is) amplificador(es) você usa
(em casa e/ou apresentações) e o que gosta nele(s)?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Éder Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Em
casa um Peavey simples de 60W, mas pra estudar eu gosto mais de tocar com a
semi-acústica desligada sem amplificador ou efeitos. Gosto muito daquele timbre
do Joe Pass de alguns discos que ele gravou sem amplificador, só com a guitarra
microfonada. Em shows uso um Fender Frontman 212R, e, às vezes, um Orange Crush
60W. Do Fender, o que eu gosto mais é o timbre limpo, pois os efeitos são bem
fracos comparado aos Fender mais antigos. Do Orange eu gosto muito do som
crush, lógico que regulado no ganho, fica muito legal usar ele sem efeito, também.
A distorção do Orange também me agrada, misturado com outro efeito tipo chorus
que eu adoro! fica bem louco.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vi que você tem várias guitarras.
Quais são elas e o que gosta nelas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Éder Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“São
quatro: Snake Modelo Strato, Giannini Diamond, Condor Flying V (captadores trocados),
e uma strato Cort com captadores Fender Custom Shop 69. A Condor tem bastante
peso em relação ao som. Eu usava bastante ela na E.H.T afinada meio tom abaixo
e com distorção fica muito Power: as notas ressoam por muito tempo tanto melodicamente
quanto harmonicamente, e muito boa para feedbacks. Gosto muito do som limpo e
do braço dela também. A Cort também gosto muito do timbre para sons Hendrix e
algo mais funk e groove.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-18Iq_qSbEFc/WCI369SmQMI/AAAAAAAABOg/C6p43TJDptoaIBJCcziGJKq9G5xDmW_hACEw/s1600/15032903_10209396661927062_7302431307328444653_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="210" src="https://2.bp.blogspot.com/-18Iq_qSbEFc/WCI369SmQMI/AAAAAAAABOg/C6p43TJDptoaIBJCcziGJKq9G5xDmW_hACEw/s320/15032903_10209396661927062_7302431307328444653_n.jpg" width="320" /></a></div>
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-jknZLPJIki8/WCI35wN1mxI/AAAAAAAABOQ/nOJzOr3M3zs67pDOfgrPmXGxXD5JLkOCACEw/s1600/14938115_10209396656446925_3274280204453749502_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-jknZLPJIki8/WCI35wN1mxI/AAAAAAAABOQ/nOJzOr3M3zs67pDOfgrPmXGxXD5JLkOCACEw/s320/14938115_10209396656446925_3274280204453749502_n.jpg" width="212" /></a><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">GT:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Vi que você tem algumas guitarras
brasileiras <i>vintage</i>. De onde nasceu
esse interesse pelos instrumentos antigos?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-UIyXTHKL2Pc/WCI35-8ipXI/AAAAAAAABOU/Hg3nTeoOGKA_-PzJ71iSitHJJAxxOyNwgCEw/s1600/14925718_10209396660007014_2208244568835448839_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-UIyXTHKL2Pc/WCI35-8ipXI/AAAAAAAABOU/Hg3nTeoOGKA_-PzJ71iSitHJJAxxOyNwgCEw/s320/14925718_10209396660007014_2208244568835448839_n.jpg" width="212" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Éder Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Exatamente,
tenho duas, a Snake 1960 e a Giannini Diamond 1968, pela paixão no som que
escuto desde moleque em bandas e timbres como: Beatles, Chuck Berry, Mutantes...
e muitas outras.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Nos fale sobre eles, detalhes que você
gosta nelas e a história de como as adquiriu.<i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Éder Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“A
Giannini Diamond é de 1968 e a Snake Modelo Strato é de 1960, essa última com captadores Gretsch. Gosto da
versatilidade de timbres, da pintura, do braço super confortável para a
execução. Comprei do meu
brother Rob que toca comigo e que era colecionador de guitarras vintage
brasileiras.”</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-8HieqW2lDhU/WCI4YsZTMnI/AAAAAAAABOo/lXH7iICNhPglIoPJXkFfkuykjhkxn0DXACEw/s1600/14322448_10208991909648508_4589893127527508296_n.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-8HieqW2lDhU/WCI4YsZTMnI/AAAAAAAABOo/lXH7iICNhPglIoPJXkFfkuykjhkxn0DXACEw/s320/14322448_10208991909648508_4589893127527508296_n.jpg" width="320" /></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Qual foi a sua apresentação favorita e
por quê?<i><o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> Éder Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“É
difícil lembrar (rs), mas uma delas foi na USP em 2012, na festa junina da FAU,
com a banda já extinta “Maria e os Treze”, e outra recentemente num bar na
augusta com a E.H.T. Acho que foram apresentações em que fomos além do
convencional na música.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">GT: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Para finalizar, <i>Beatles</i> ou <i>Rolling Stones</i>?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Éder Martins:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif";">“Adoro
os dois, mas escolho Beatles, porque me acompanha desde moleque e sou
apaixonado pela música, estrutura das composições, timbres, produção, em que
cada audição é algo novo.”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"> <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Alguns trabalhos de Éder
Martins (inclusive os citados por ele) e com suas guitarras em ação:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/QSJQAlFTYwQ/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/QSJQAlFTYwQ?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/akWzho1reHI/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/akWzho1reHI?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /><iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/so_UV-xiZ4M/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/so_UV-xiZ4M?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Nos vemos no próximo </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">post</i><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">!</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-69632172267245469892016-11-07T13:50:00.002-08:002016-11-07T13:53:51.722-08:00Os Principais Componentes no Timbre de uma Guitarra<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O <i>post</i> de hoje é
uma compilação de pesquisas minhas, sobretudo sonoras com vídeos do YouTube, </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
sobre a influência de características das guitarras na determinação de seu
timbre típico. O foco é entender quais são as características mais
determinantes no timbre da guitarra, que, neste caso, decidi restringir às
Fender e Gibson de corpo sólido, no intuito de minimizar as variáveis. As
características analisadas são basicamente construção, <i>hardware</i>, captadores e madeiras, em ordem de relevância.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
1º - Junção
do braço: esta foi a característica que considerei mais influente no timbre.
Analisando guitarras das marcas Fano e Reverend que misturam as características
de Gibson e Fender em seus modelos, aquelas que apresentam braço <i>bolt-on</i>, por mais que apresentassem
ponte <i>tune-o-matic</i> e/ou captação P90/<i>humbucker</i> e/ou corpo e braço em mogno
(ou similar como <i>korina</i>) e/ou escala
mais curta e/ou <i>headstock </i>angulado,
todas características das Gibson, ainda possuem um timbre mais cristalino,
transparente e brilhante das Fender. Um exemplos é a Fano SP6 uma Les Paul
Junior (podendo ser toda em mogno com escala em <i>rosewood</i>, como a do vídeo abaixo) com braço <i>bolt-on</i> e ponte e captador da ponte de
telecaster. Obviamente, fiquei restrito ao timbre do P90 do braço e é bem
verdade que a ponte colabora muito na proximidade, mas, de qualquer forma, o
timbre Fender predomina na posição braço também. Outro exemplo é a Reverend
Double Agent, com captadores P90, ponte <i>tune-o-matic</i>,
mas com braço <i>bolt-on</i> de maple, onde predomina
a Fender novamente. <o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/CR-IovrPgKY/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/CR-IovrPgKY?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/j-P7tM5eSLU/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/j-P7tM5eSLU?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="text-align: justify;">Como timbre de guitarra não é uma ciência exata, não foram poucas as exceções, tal como a Revernd Charger HB, </span><i style="text-align: justify;">humbuckers</i><span style="text-align: justify;">, ponte </span><i style="text-align: justify;">tune-o-matic</i><span style="text-align: justify;">, corpo de </span><i style="text-align: justify;">korina</i><span style="text-align: justify;"> e braço </span><i style="text-align: justify;">bolt-on</i><span style="text-align: justify;"> em maple, cujo timbre está mais próximo de uma Gibson, e da Reverend Warhawk, captadores P90, ponte </span><i style="text-align: justify;">tune-o-matic</i><span style="text-align: justify;">, corpo de </span><i style="text-align: justify;">korina</i><span style="text-align: justify;"> e braço de maple </span><i style="text-align: justify;">set-in</i><span style="text-align: justify;"> com sonoridade mais Fender.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="text-align: justify;"><br /></span><iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/oEZ6Ka37-uc/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/oEZ6Ka37-uc?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/uFDplwKtUR0/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/uFDplwKtUR0?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: left;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
2º - Captadores:
considerados a alma das guitarras eles realmente fazem a diferença, sobretudo
se compararmos tipos diferentes, tais como <i>singles</i>,
P90 e <i>humbuckers</i>. Um exemplo é a da
Reverend Charger HB citado acima. São uma boa ferramenta pra dar um timbre mais
Gibson a sua Fender e vice-versa, mas não se sobrepõe à construção: uma Stratocaster
com PAFs continuará soando como Stratocaster e uma Les Paul com <i>singles</i> como uma Les Paul (não faça
isso), mas uma Stratocaster com captador da ponte de Telecaster vai te dar algo
bem próximo da última. Um exemplo é o captador para Stratocaster chamado Twang Banger, da Seymour Duncan, que, assim como os captadores da ponte de Telecaster, possui uma chapa metálica de cobre em sua base:</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/ZjHsK-Jo2BI/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ZjHsK-Jo2BI?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
3º - Madeira do
braço: motivo, na minha opinião, de algumas guitarras da/tipo Gibson poderem
soar mais abertas e cristalinas, e que provavelmente, junto à captação P90 (que
é invenção da Gibson mas que é <i>single </i>por
definição), fez Revernd Warhawk soar mais Fender. Entretanto, em guitarras tipo
Fender essa diferença é um tanto menor, basta ouvir diversas guitarras
brasileiras de timbre semelhante que usam outras madeiras como Marfim e Imbuia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
4º - Madeira da
escala: enquanto a madeira do braço encontra-se numa zona entre média
influência no timbre, a madeira da escala se encontra na de média-baixa
influência, alterando sobretudo o ataque e a sustentação de uma faixa de
frequências mais alta ou mais baixa, tomando como base as diferenças entre <i>maple</i> e <i>rosewood</i>. Esse vídeo mostra bem a diferença.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/GRuk0vdoeeg/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/GRuk0vdoeeg?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
5º - Madeira do
corpo: tão polêmica, é, para mim, de influência baixa no timbre. Apesar de um
falado estudo dizer que elas não influenciam, acredito que o primeiro se baseou
muito mais no quesito de <i>sustain</i> do
que no timbre especificamente, de forma que a diferença é perceptível mas menor
que as demais citadas acima. Inúmeros são os exemplos de guitarras com corpos
de outras madeiras que continuam soando como deveriam, entretanto a comparação
de madeiras com características bem distintas evidencia que a madeira do corpo
altera sim o timbre, como no vídeo do Érico Malagoli (da Malagoli
Captadores).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/yU_nVmjMNHw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/yU_nVmjMNHw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Conclusões: fiquei com a
impressão de que as guitarras tipo Gibson apresentam maior influência das
madeiras na sonoridade. Acredito que a angulação do <i>headstock,</i> que promove maior pressão das cordas sobre o braço, e o
fato do braço ser colado, que melhora a vibração do conjunto braço+corpo, tenham
interferência direta neste fator. A ponte nas Fender, entretanto, parecem ser
muito mais participativas no timbre do que a passiva <i>tune-o-matic</i> das Gibson: o bloco de aço da ponte das Stratocaster é
determinante na transmissão de vibração das cordas pra guitarra e a chapa de
metal da ponte das Telecaster tem forte interação magnética com o captador
desta posição. Dessa forma, acredito que para uma guitarra tipo Fender, se ela
não apresentar madeiras muito fora do espectro desejado (tal mogno que realça
muito os médio-graves e oprimi os médio agudos), o investimento em uma boa
ponte e bons captadores já te darão um resultado excelente. Madeiras
brasileiras como jacarandá, pau-marfim, para substituir o <i>maple</i>, ipê, para substituir o ébano, pau-ferro, algo entre
jacarandá e ébano, freijó e marupá, para substituir <i>ash</i> e <i>alder</i>, são
excelentes pedidos, sobretudo quanto ao investimento e à procedência. O cedro é
um caso à parte devido às polêmicas dos <i>posts</i>
do Loucos Por Guitarra. Entendo que eles não gostem devido à deficiência em
médio-agudos, talvez a faixa de frequência que é a “assinatura” das guitarras
Fender, mas creio que a comparação com <i>ash</i>
e <i>alder</i> seja um equívoco. O cedro
tende a ressaltar os médio-graves, similarmente ao mogno, porém com menos
intensidade, portanto ele deveria ser comparado justamente ao mogno, ou ser
utilizado quando se procura algo mais equilibrado e menos brilhante nas
Stratocaster e Telecaster. Este é um dos fatores, na minha opinião, que dá
qualidade e personalidade às Giannini Stratossonic e Supersonic (as que usam
corpo em cedro, claro): um timbre equilibrado sem abrir mão do cristalino e do
ataque com captadores <i>single</i>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Como pode
se ver, a influência dos componentes de uma guitarra no seu timbre está longe
de ser algo fácil de se determinar e ainda mais utópico se formos considerar
nossos diferentes gostos. Essa é a minha opinião nas pesquisas que tenho feito,
qual a sua? </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Deixe o seu comentário e nos vemos no próximo <i>post!</i><o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-16843998690418344682016-10-14T09:37:00.001-07:002016-10-14T09:37:08.599-07:00Circuitos elétricos em guitarras - parte V - Telecaster<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
Continuando com a série de
circuitos para guitarra temos o úlitmo post, que completa o tripé das principais
guitarras do rock: Telecaster. Vale lembrar que a guitarra em questão foi
primeiramente chamada, em 1950 de Esquire, possuindo apenas um captador na
ponte. Posteriormente, ainda em 1950, a Broadcaster, uma versão com dois
captadores foi introduzida, que mudou de nome devido a uma ação da Gretsch (que
já detinha o nome “Broadkaster”) para Nocaster, na primeira metade de 1951, e,
finalmente, Telecaster, em meados de 1951. Durante as mudanças, a Esquire
continuou sendo comercializada como uma versão de um captador da Telecaster.
Alguns desses modelos/nomes tiveram diferenças quanto ao circuito elétrico, que
veremos aqui. Os <i>links</i> dos circuitos estão nos subtítulos.<o:p></o:p></div>
<h4>
<a href="http://www.premierguitar.com/articles/Fender_Esquire_Basics">Circuito Esquire (1950)</a></h4>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Apenas um
captador na ponte com chave seletora de três posições: captador da ponte
conectado ao <i>pot</i> de volume e em <i>bypass</i> com o de <i>tone</i> (posição 1), resultando em um timbre com maior ganho e mais
agudos, captador da ponte conectado ao <i>pot</i>
de ao de <i>tone</i> (posição 2), assim como
na posição da Telecaster, e captador da ponte conectado ao <i>pot</i> de volume e com <i>tone</i>
fixo (resistor + capacitor), resultando num timbre fechado/muddy com um pouco
de queda no volume.<o:p></o:p></div>
<h4>
<a href="http://www.premierguitar.com/articles/The_Two_Pickup_Esquire_Wiring">Circuito Broadcaster (ou Esquire de dois captadores-1950/1951)</a></h4>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dois
captadores (ponte e braço) com chave seletora de três posições: captador da
ponte conectado ao <i>pot</i> de volume e ao
<i>pot</i> de <i>blend</i> (posição 1), que mistura o som do captador do braço (volume
do braço, em paralelo), captador do braço conectado ao <i>pot</i> de volume (sozinho e sem <i>tone</i>
- posição 2) e captador do braço conectado ao <i>pot</i> de volume e com <i>tone</i>
fixo (resistor + capacitor), resultando num timbre fechado/<i>muddy</i> com um pouco de queda no volume.<o:p></o:p></div>
<h4>
<a href="http://www.premierguitar.com/articles/19301-factory-telecaster-wirings-pt-2">Circuito Telecaster (padrão)</a></h4>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dois
captadores (ponte e braço com chave seletora de três posições, com todas as
posições conectadas a <i>pot</i>s <i>master</i> de volume e <i>tone</i>: captador da ponte (posição 1), captador da ponte e do braço
em paralelo (posição 2) e captador do braço (posição 3).<o:p></o:p></div>
<h4>
<a href="http://www.premierguitar.com/articles/22357-mod-garage-telecaster-series-wiring">4-Way Telecaster (Telecaster Series Wiring)</a></h4>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Dois
captadores; ponte e braço com chave seletora de quatro posições, com todas as
posições conectadas a <i>pot</i>s <i>master</i> de volume e <i>tone</i>: captador da ponte (posição 1), captador da ponte e do braço
em paralelo (posição 2), captador do braço (posição 3) e captador da ponte e do
braço em série (posição 4 – som gordo, próximo ao de humbucker).<o:p></o:p></div>
<h4>
Circuito 3-knob Telecaster</h4>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Configuração
padrão da Telcaster com três knobs, podendo escolher 2 volumes e 1 <i>tone</i> ou 1 volume e 2 <i>tone</i>s.<o:p></o:p></div>
<h4>
<a href="http://www.premierguitar.com/articles/the-telecaster-mod-guide-1">Circuito Nashville Telecaster</a></h4>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Telecaster
com configuração de strato: três captadores e chave de cinco posições: captador
da ponte (posição 1), captadores da ponte e do meio em paralelo (posição 2),
captador do meio (posição 3), captadores do meio e do braço em paralelo
(posição 4) e captador do braço (posição 5). Sugiro adicionar ao circuito <i>7-way</i> Stratocaster, para evitar a perda
da configuração de captadores do braço e da ponte em paralelo, tão clássica da
Telecaster.<o:p></o:p></div>
<h4>
<a href="http://www.premierguitar.com/articles/22967-mod-garage-the-bill-lawrence-5-way-telecaster-circuit"><span id="goog_2052428859"></span>Circuito Bill Lawrence 5-way Telecaster</a></h4>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://www.blogger.com/"><o:p></o:p></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span id="goog_2052428860"></span>Dois captadores; ponte e braço com chave seletora de cinco
posições, com todas as posições conectadas a <i>pot</i>s máster de volume e <i>tone</i>:
captador da ponte (posição 1), captadores da ponte e do braço em paralelo
(posição 2), captador do braço (posição 3), captadores da ponte e do braço em
paralelo e fora de fase (fase à 90° de diferença, posição 4) e captador do
braço com 10% menos graves que a posição 3 (posição 5).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Muitos
destes circuitos e alguns mais estão <a href="http://www.premierguitar.com/articles/the-telecaster-mod-guide-1">neste artigo da Premier Guitar</a>.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Nos vemos no próximo <i>post</i>!<o:p></o:p></div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-34507687299436086512016-09-01T15:31:00.004-07:002016-09-01T15:34:18.513-07:00Circuitos elétricos em guitarras - parte IV - Stratocaster<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Essa é a lista de circuitos de Stratocaster,
que encontrei nas minhas pesquisas, dos quais apenas um eu testei. São todos
para configuração clássica S-S-S com um volume dois tones (um para a ponte, um
para o meio) e chave seletora de cinco posições (lembrando que as posições 2 e
4 são associações fora de fase e em paralelo entre dois <i>singles)</i>. Os <i>links</i> estão nos subtítulos: <o:p></o:p></span></div>
<h4 style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><a href="http://www.premierguitar.com/articles/strat-bridge-pickup-tone-control-1">Tone para o captador da ponte </a></span></h4>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Esta é a única modificação/circuito
que fiz na Etna (minha Strato), que consiste apenas em soldar as duas pontas de
um fio na chave seletora. Excelente solução para reduzir a estridência do meu
captador da ponte no meu amplificador. <o:p></o:p></span></div>
<h4 style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">2 Volumes e 1 Master Tone (sem link, esse é fácil de encontrar)</span></h4>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Nesta outra configuração temos dois
volumes e você encontra projetos que utilizam tanto volume para captadores do
braço e do meio juntos, quanto do meio e da ponte juntos. É a elétrica que
pretendo instalar na próxima vez que tiver que regular a Etna (minha Strato), porque
com isso consigo trabalhar a dinâmica da troca de captadores com o overdrive. <o:p></o:p></span></div>
<h4 style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><a href="http://www.premierguitar.com/articles/the-seven-sound-stratocaster-1">7-SoundStratocaster</a></span></h4>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Trata-se de uma modificação na qual se
adiciona uma chave de duas posições tipo SPST (ou <i>push-pull</i>) e duas ligações entre ela e a chave de cinco posições. A chave SPST permite adicionar o captador do braço nas posições 1 e 2 (pode ser o da ponte nas posições 4 e 5, mas não está no <i>link</i>), ou seja,
dois timbres que não existem na configuração padrão: três captadores ao mesmo
tempo e ponte e braço ao mesmo tempo. A chave quando não acionada não altera em
nada a configuração padrão, e, mesmo quando acionada não altera as demais posições.<o:p></o:p></span></div>
<h4 style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><a href="https://www.youtube.com/watch?v=zaylqAbpUAM">9-SoundStratocaster</a></span></h4>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">A chave de duas posições dá lugar à
uma de três no circuito da 7-<i>Sound</i>
Stratocaster. As novas conexões lhe dão novas possibilidades para além das do
circuito anterior, como posições com captadores em série. A vantagem obviamente
são 15 timbres diferentes. Em contrapartida é um circuito difícil de soldar e
de se perder enquanto toca!<o:p></o:p></span></div>
<h4 style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><a href="http://www.premierguitar.com/articles/21112-three-must-try-guitar-wiring-mods?page=3">Nashville Stratocaster</a></span></h4>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Uma Stratocaster com chave seletora de
três posições com um controle master de volume e um master de <i>tone</i>. A <i>knob</i> restante corresponde a um
volume do captador do meio. Como benefício traz a possibilidade de obter os
três captadores juntos, braço e ponte juntos e de controlar a quantidade de
participação do captador do meio nas posições fora de fase (que seria a 2 e 4
da chave seletora de cinco posições). Em contrapartida, dificulta a alternância
de qualquer posição com estas citadas (não basta mais apenas mexer na chave,
mas sim girar o <i>knob</i> de volume do meio).<o:p></o:p></span></div>
<h4 style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"><a href="http://www.premierguitar.com/articles/Stratocaster_with_Individual_On_Off_Switches">Stratocaster com <i>switches</i> <i>on/off</i> para cada captador</a></span></h4>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Conhecido, também, por ser a elétrica
adotada nas famosas Giannini Supersonic, o circuito troca a chave de cinco
posições por três chaves de acionamento individuais dos captadores. Novamente
traz a possibilidades inexistentes na configuração clássica (três captadores
juntos, braço e ponte juntos) porém dificulta algumas alternâncias de posição.<o:p></o:p></span></div>
<h4 style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US;"><a href="http://www.premierguitar.com/articles/10083-the-fender-eric-clapton-active-mid-boost">Eric
Clapton </a><i><a href="http://www.premierguitar.com/articles/10083-the-fender-eric-clapton-active-mid-boost">mid boost</a><o:p></o:p></i></span></h4>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Além do <i>two-band tone control</i> já comentado no último <i>post</i>, a Stratocaster <i>signature</i> do Eric Clapton possui um
sistema de <i>mid boost</i> ativo (aumento
do ganho das frequências médias alimentado por bateria 9v) em um de seus
knobs.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">Nos vemos no próximo <i>post!</i></span></div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-66083309111589955692016-08-31T14:21:00.003-07:002016-09-01T15:34:09.442-07:00Circuitos elétricos em guitarras - parte III - Humbuckers de 4 condutores e configurações de splitagem, defasem e série/paralelo<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Esta postagem é a última antes de
entrar nos circuitos elétricos de cada guitarra e também o último que entro
mais afundo no funcionamento elétrico (meu conhecimento neste setor já está no
limite). Trataremos de um tema comum a todas as guitarras com humbucker,
enquanto os próximos serão <i>posts</i>
individuais para Telecaster, Stratocaster e Les Paul/ES-335.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> Como vimos em <span style="border: none windowtext 1.0pt; mso-border-alt: none windowtext 0cm; padding: 0cm;"><a href="http://guitarratimbrada.blogspot.com.br/2016/08/circuitos-eletricos-em-guitarras-parte-i.html">Circuitos elétricos em guitarras - parte I – Captadores</a>, os <i>humbuckers</i> são formados por duas
bobinas. Estas possuem um entrada e uma saída. Se ambas as saídas estiverem
conectadas entre si, temos um <i>humbucker</i>
de 3 fios, sendo dois deles condutores (entrada e saída do circuito de duas
bobinas) e um malha (terra). A vantagem das bobinas não estarem conectadas, é
que se tem um <i>humbucker</i> de 4
condutores com a possibilidade de se manipular a conexão entre as saídas e
entradas das duas bobinas:<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none 1.0pt; font-family: "arial" , "sans-serif"; padding: 0cm;">- Conectando as saídas entre si
e as entradas entre si, temos a configuração tradicional (em série). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 70.8pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none 1.0pt; font-family: "arial" , "sans-serif"; padding: 0cm;">- Timbre gordo de <i>humbucker</i> das Gibson<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none 1.0pt; font-family: "arial" , "sans-serif"; padding: 0cm;">- Com a mesma conexão acima,
alternando a entrada que vai para ponte com a que vai para o potenciômetro (as
saídas vão juntas pra ponte) eu alterno a fase das bobinas (em fase e fora de
fase).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none 1.0pt; font-family: "arial" , "sans-serif"; padding: 0cm;"> - Fora de fase: Timbre magro com o <i>quack</i> das Stratocaster<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none 1.0pt; font-family: "arial" , "sans-serif"; padding: 0cm;">- Conectando a saída de uma
bobina com a entrada da outra e vice-versa, temos a configuração de duas
bobinas em paralelo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none 1.0pt; font-family: "arial" , "sans-serif"; padding: 0cm;"> - Timbre magro, próximo ao de um single<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none 1.0pt; font-family: "arial" , "sans-serif"; padding: 0cm;">- Conectando apenas a saída e
entrada de uma bobinas, apenas esta irá funcionar (você pode escolher qual
delas deseja que funcione). Ou seja, um <i>humbucker</i>
funcionando com uma bobina só, assim como um <i>single</i> tradicional. Cancelar o funcionamento de uma das bobinas é
chamado <i>splitar</i> (brasileirismo de <i>Split</i> = dividir)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="border: none 1.0pt; font-family: "arial" , "sans-serif"; padding: 0cm;"> - Timbre magro, próximo ao de um single<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="border: none 1.0pt; font-family: "arial" , "sans-serif"; padding: 0cm;"> Alguns guitarristas acham o timbre
em paralelo dos <i>humbuckers</i> mais
próximo ao de um <i>single</i>, com a
vantagem de manter o cancelamento do ruído, que as outras configurações não têm
(com exceção da tradicional, claro). Eu, particularmente, prefiro o <i>Split</i>, porque acho o em paralelo um
pouco anasalado. Vale lembrar que em ambos os casos a resistência é reduzida
praticamente à metade, com consequente queda grande de ganho/volume. Já a
configuração fora de fase vai te dar algo próximo àquele <i>quack</i> das posições 2 e 4 das Stratocaster. Está na dúvida de qual
das configurações é melhor pra você? Procure no YouTube que tem milhares de
vídeos comparativos! Como esse:<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/zUw1W-BZvns/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/zUw1W-BZvns?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="border: none 1.0pt; font-family: "arial" , "sans-serif"; padding: 0cm;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> A mudança entre configurações
escolhidas podem ser feitas através de dois componentes diferentes (tem mais
uma mais que vai aparecer só em um <i>post</i>
futuro): chave de duas posições e push-pull (que é uma junção de potenciômetro
com um chave de duas posições). A vantagem do push-pull é não precisar fazer
novos furos em sua guitarra, porém é mais caro e mais difícil de soldar.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> É possível se ter acesso a mais de duas
dessas quatro configurações no mesmo circuito. Não tratarei dos circuitos com
essas configurações nos próximos <i>posts</i>,
salvas algumas exceções, pois todas podem ser obtidas no <a href="http://www.seymourduncan.com/wiring-diagrams">site da SeymourDuncan</a>. Vale lembrar que cada marca tem sua própria configuração das cores dos
fios, incluindo a Malagoli (que tanto recomendo), que só vende <i>humbuckers</i> de 4 condutores. Ou seja,
cuidado na hora de copiar os diagramas da Seymour Duncan com seus captadores de
outra marca!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> Nos vemos no próximo <i>post</i>!<o:p></o:p></span></div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-82006900787621736482016-08-30T17:56:00.001-07:002016-09-02T12:27:01.540-07:00Circuitos elétricos em guitarras - parte II - Ligações Moderna e Vintage (50s), Treble Bleed e Controle de Tone de duas bandas<h4 style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Ligação: Moderna x <i>Vintage </i>(50s)</span></h4>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">Adentrando mais especificamente nos
diferentes tipos de circuitos pra guitarra, resolvi começar por dois circuitos
que abrangem todo tipo de guitarra que possui controle de </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">tone</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">. Primeiramente, é necessário compreender as características
dos componentes.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">O controle de <i>tone</i> compreende um filtro passa baixa (<i>low-pass filter</i>), ou seja, um filtro de frequências agudas, que, no
caso, é formado por um resistor variável (potenciômetro) e um capacitor. Este
tem a função de determinar a frequência mínima de corte, enquanto o
potenciômetro tem a função de determinar a quantidade desta faixa de frequência
que é desviada para o terra (com a variação da resistência). Os capacitores são,
em geral, de .022uF para <i>humbuckers</i> e
.047uF para <i>singles</i>. O blog Loucos
Por Guitarra, mais uma vez, fez um excelente <a href="http://guitarra99.blogspot.com.br/2011/05/capacitores.html"><i>post</i> sobre capacitores</a>, o qual recomendo a leitura (tenho
capacitores à óleo por causa deles). Potenciômetros, por outro lado, podem ser
de dois tipos: linear (B) e logarítmico (A), e apresentar dois valores de
resistência máxima (para guitarra): 250K e 500K (300K também é um pouco comum
de ver, sobretudo em P90). </span></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Potenciômetros de volume são sempre tipo A (nosso
ouvido compreende o volume desta maneira – a escala decibel é logarítmica),
caso contrário, o primeiro funcionará como uma espécie de liga/desliga. </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">O potenciômetro de <i>tone</i> é uma questão de gosto. Neste vídeo
há uma demonstração das diferenças no uso de <i>pots</i> tipo A e B para o <i>tone</i>:</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"> </span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/7ANG3OrL5HI/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/7ANG3OrL5HI?feature=player_embedded" width="320"></iframe></span></span></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Vale lembrar que o próprio <i>pot</i> é um tipo de filtro passa baixa, que
quanto maior seu resistência total, menor a quantidade de agudos filtrada. Por
isso valores de 250K e 500K são recomendados para <i>singles</i>, naturalmente mais agudos (brilhantes), e para <i>humbuckers</i>, naturalmente mais graves
(encorpados), respectivamente.</span></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">As variantes do circuito começam
quando a Gibson muda a posição em que o </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">pot</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">
e o capacitor se conectam, no início da década de 60. Desta forma, denominou-se
o circuito anterior como </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">vintage</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">wiring </i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">ou </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">50s</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">wiring</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> e o novo de </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">modern wiring</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">. A diferença dos circuitos
está apenas no fato do primeiro apesentar conexão do capacitor na entrada 1 do </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">pot</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> de </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">tone</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">, enquanto a segunda a conexão é na entrada 2 (do meio). Caso
queira se aprofundar na diferença de funcionamento dos circuitos, recomendo
<a href="http://www.seymourduncan.com/blog/tips-and-tricks/lespaulwiring">este </a></span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;"><a href="http://www.seymourduncan.com/blog/tips-and-tricks/lespaulwiring">post</a></i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">.</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">A discussão sobre a escolha do esquema
de ligação, por sua vez, está centrada no fato de se perder agudos ao diminuir
o volume e vice-versa. Acontece que quando giramos o </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">pot</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> de volume no sentido anti-horário, estamos desviando parte do
sinal para o terra, diminuindo, assim, o volume. Mas quando fazemos isso não estamos
desviamos todas frequências na mesma proporção, mas sim desviando mais as
frequências altas (agudas). Quando giramos o </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">tone</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">, por desviarmos uma faixa de frequência para o terra, também
temos uma perda de volume. Mas onde estes circuitos se encaixam nesta discussão?
A diferença principal é que o </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">50s vintage
wiring</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> permite uma menor perda de agudos com a diminuição do volume,
enquanto o </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">modern wiring</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> permite uma
menor perda de volume com o aumento de corte do </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">tone</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">. Eu, particularmente, gosto do primeiro, pois gosto de
trabalhar com a dinâmica (como deixar, quando uso Overdrive, o volume da ponte
no 10 e o do braço no 6-7 para alternar guitarra rítmica e solo com a chave
seletora) e prezo a preservação do timbre a baixos volumes (sem perda de
agudos).</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-62ZL6h5NNWY/V8Ym1JiDgUI/AAAAAAAABL0/Q2qXDQwHDykU5X_-USXgJBLwua24h72mwCLcB/s1600/50s%2BStyle%2B%2526%2BModern%2Bw.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><img border="0" height="157" src="https://3.bp.blogspot.com/-62ZL6h5NNWY/V8Ym1JiDgUI/AAAAAAAABL0/Q2qXDQwHDykU5X_-USXgJBLwua24h72mwCLcB/s400/50s%2BStyle%2B%2526%2BModern%2Bw.JPG" width="400" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">O que nem todas as pesquisas me
mostraram, entretanto, é que existe uma outra diferença bem notável para além
da relação volume x agudos, que é a de timbre mesmo. As guitarras com todos os
knobs no 10 soam bem diferentes entre si! O som na ligação 50s fica mais
transparente e aberto, enquanto na ligação moderna fica mais encorpada e aparentemente
comprimida. Nas <a href="http://www.premierguitar.com/articles/3_Mods_for_3_Guitars">palavras da Premier Guitar</a> (sobre adotar a ligação 50s): “</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; line-height: 107%;">O timbre geral fica mais forte e mais
transparente. É difícil descrever, mas é mais "na cara”. O tom das Les
Paul <i>Burst</i> do final dos anos 50 foi
descrito como tendo um “bloom" - a forma como as notas abrem depois de
deixar a guitarra que é difícil de alcançar sem essa ligação.”<br /><o:p></o:p></span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; line-height: 107%;">Não precisamos perder tanto do nosso tempo
tentando descrever, porque existe um ótimo vídeo que compara as diferenças:</span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/ZsAfUHReWe4/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ZsAfUHReWe4?feature=player_embedded" width="320"></iframe></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><br /></span></span></div>
<div style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "sans-serif"; line-height: 107%;"><o:p style="background-color: #666666;">Vale lembrar que estas configurações não estão restritas às guitarras tipo Gibson (Les Paul, ES-335, etc..) podendo instalar, também, em Stratocaster, Telecaster e qualquer outra guitarra com controle de <i>tone</i>! </o:p></span></div>
<h4 style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="color: white; font-family: "arial" , "sans-serif"; line-height: 107%;"><o:p style="background-color: #666666;"><i>Treble Blee<span style="font-size: 10.5pt;">d</span></i></o:p></span></h4>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 107%; text-indent: 35.4pt;">Dentro dessa discussão sobre perda de agudos
com a redução do volume, tem-se uma solução para os adeptos da ligação moderna:
o </span><i style="font-family: arial, sans-serif; line-height: 107%; text-indent: 35.4pt;">Treble Bleed</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; line-height: 107%; text-indent: 35.4pt;">.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; line-height: 107%;">Treble
Bleed</span></i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; line-height: 107%;"> é um pequeno circuito
constituído de um capacitor e um ou nenhum resistor, que consiste em um <i>high pass filter</i>, um filtro que só deixa
passar frequências mais agudas, para contrapor o <i>low pass filter</i> do circuito normal do tone. O <i>Treble Bleed</i> (<i>Simple Treble
Bleed</i>) pode ser feito de três formas distintas: apenas um capacitor, um
resistor em paralelo com um capacitor (<i>Seymour
Duncan’s Treble Bleed</i>) e um resistor em série com um capacitor (<i>Kinman’s Treble Bleed</i>). <o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/uxrFn1bekNQ/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/uxrFn1bekNQ?feature=player_embedded" width="320"></iframe></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif"; line-height: 107%;">A escolha dos valores do capacitor e do
resistor é bem pessoal, de acordo com seu ouvido e o que almeja com o <i>Treble Bleed</i>, e depende da guitarra
também, podendo usar os valores-padrão encontrados na internet como ponto de
partida. Em geral, quanto maior o valor do capacitor, mais “magro” fica o som
quando se diminui o volume. Essa “magreza” pode deixar o timbre até meio
artificial, sobretudo para <i>humbuckers</i>.
Por experiência própria, experimentei o <i>Simple
Treble Bleed</i> c</span><span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif"; line-height: 107%;">om valor de capacitor já bem abaixo do valor recomendado
(680pF ao invés de 1000pF) e mesmo assim achei que ficou muito artificial. Por
este motivo e por outros acabei mudando para a ligação <i>vintage</i> (numa Epiphone Dot). Este vídeo (este canal é sensacional,
repare que é o mesmo do vídeo que compara capacitores de diferentes materiais, presente
no final do <i>post</i> de capacitores do
blog Loucos Por Guitarra) compara capacitores de diferentes valores como <i>Treble Bleed:</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/fS3Xu6K9VdE/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/fS3Xu6K9VdE?feature=player_embedded" width="320"></iframe></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #999999;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<h4>
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif"; line-height: 107%;"> Controle de Tone de duas bandas: <i>G&L Legacy</i></span><span style="background: rgb(102 , 102 , 102); color: white; text-indent: 35.4pt;"><i> "PTB" e Fender TBX</i></span></h4>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: rgb(102 , 102 , 102); color: white;">A sigla PTB vem do inglês <i>passive treble and bass </i>(agudos e greves passivos) e explica bem o
quefaz: são dois <i>tones</i> em que um corta as frequências graves e outro as agudas. O circuito é</span><span style="background-color: #666666; color: white; text-indent: 47.2px;"> muito útil com saturação (overdrive, distortion ou fuzz), pois a clipagem </span><span style="background-color: #666666; color: white; text-indent: 47.2px;">de graves é um ponto importante nestes casos</span><span style="background-color: #666666;"><span style="color: white; text-indent: 47.2px;">.</span><a href="http://www.seymourduncan.com/tonefiend/guitar/two-band-ptb-tone-control-useful-easy-cheap-awesome/" style="text-indent: 47.2px;"> Segue o </a><i style="color: white; text-indent: 47.2px;"><a href="http://www.seymourduncan.com/tonefiend/guitar/two-band-ptb-tone-control-useful-easy-cheap-awesome/">link</a>.</i><span style="color: white; text-indent: 35.4pt;"> </span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/yVC-Fj9Lz-s/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/yVC-Fj9Lz-s?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<span style="background-color: #666666;"><span style="color: white; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></span>
<span style="background: rgb(102 , 102 , 102); color: white;">A Fender foi além e colocou o PTB em apenas um <i>knob</i> (a partir de um <i>pot stacked</i> - dois potenciômetros em um). Chamado de TBX, o circuito funciona de forma que, a partir do 5 no <i>knob</i>, corta frequências agudas (como
um <i>tone</i> normal) ou graves (está aí a
surpresa) dependendo do sentido em que se gira. Está presente na Fender <i>signature
</i>do Eric Clapton e <a href="https://www.amazon.com/Fender-Treble-Expander-Control-Potentiometer/dp/B0002KZE9A/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1472841831&sr=8-1&keywords=fender+tbx">à venda individualmente</a> também. Existem <a href="http://www.premierguitar.com/articles/The_Fender_TBX_Tone_Control_Mod_Part_2">modificações propostas</a> na enciclopédia de modificações de circuitos elétricos de guitarra que é a Premier Guitar (basta ver a quantidade de <i>links </i>deles que coloquei nos <i>posts</i> desta série).<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; text-indent: 35.4pt;">E aí já definiu qual vai ser o esquema de ligação da sua
guitarra? E </span><span style="background-color: #666666;"><span style="color: white; text-indent: 35.4pt;">o</span><span class="apple-converted-space" style="color: white; text-indent: 35.4pt;"> </span><i style="color: white; text-indent: 35.4pt;">Treble Bleed,</i><span class="apple-converted-space" style="color: white; text-indent: 35.4pt;"> </span></span><span style="background-color: #666666; color: white; text-indent: 35.4pt;">vai ter? Qual? E PTB? Ou TBX? Hahahaha os
guitarristas e suas dúvidas...</span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<o:p></o:p></div>
<o:p></o:p>
<br />
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background: rgb(102 , 102 , 102); color: white;">Nos vemos no próximo<span class="apple-converted-space"> </span><i>post!</i></span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-30484011574987635032016-08-29T19:46:00.001-07:002016-08-30T17:58:40.002-07:00Circuitos elétricos em guitarras - parte I - Captadores<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Há meses tenho me controlado para
evitar comprar mais equipamento (<i>G.A.S</i>
atacando como sempre). Uma das estratégias que encontrei foi a de pesquisar
como extrair diferentes timbres a partir do equipamento que já possuo. Umas das
grandes linhas desta pesquisa se tornou a de tipos de ligação de captadores em
uma guitarra, podendo adiquir vários timbres diferentes sem necessariamente
mudar a guitarra ou mesmo a captação. Como essa linha é vasta, resolvi dividir
em vários <i>posts</i>, em que este, o
primeiro, tratará de um brevíssimo resumo do funcionamento de um captador e de
princípios físicos de elétrica e ondulatória.<o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-v3ZE2EKqeH8/V8TvE35UPMI/AAAAAAAABLI/AjaJer9TtZEQTOET9VAtwEG4jfaFs7n_ACLcB/s1600/eletromagnetismo_1.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><img border="0" height="185" src="https://3.bp.blogspot.com/-v3ZE2EKqeH8/V8TvE35UPMI/AAAAAAAABLI/AjaJer9TtZEQTOET9VAtwEG4jfaFs7n_ACLcB/s320/eletromagnetismo_1.jpg" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: #666666; color: white;">O experimento de Faraday</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Pois bem, um experimento essencial
para a compreensão da criação do captador de guitarra é responsável pela Lei de
Indução de Faraday. Este cientista, Faraday, notou que era possível induzir
corrente elétrica em um solenoide/bobina (sólido vazado formado por um <span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial;">fio condutor em torno de um eixo) ao
oscilar o campo magnético em seu interior. Tal oscilação era gerada, no
experimento, pelo descolamento de um imã, como mostra a figura ao lado.<o:p></o:p></span></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-4Wg7rVIXGtE/V8Tvo7alfPI/AAAAAAAABLM/2B3hZluHiLE4TnKcu7i31gShoGzSM5mCwCLcB/s1600/single-coil-diagram.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><img border="0" height="245" src="https://3.bp.blogspot.com/-4Wg7rVIXGtE/V8Tvo7alfPI/AAAAAAAABLM/2B3hZluHiLE4TnKcu7i31gShoGzSM5mCwCLcB/s320/single-coil-diagram.jpg" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: #666666; color: white;">A constituição de um captador <i>single</i></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white;"><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">Este
princípio é usado nos captadores. Usando os captadores de uma bobina (</span><i style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">singles</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"> e P90) tradicionais (de alnico)
como exemplo, seus pinos são ímãs inseridos em uma bobina. As cordas metálicas,
ao oscilar, interagem com os pinos, oscilando, também o campo magnético no
interior da bobina. Como no experimento, isto promove a indução de corrente
elétrica na bobina, que é transmitida até o </span><i style="font-family: arial, sans-serif; text-indent: 35.4pt;">jack</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">.
Imagine, agora, essa oscilação do campo magnético como uma onda: ora o campo
magnético está forte, ora fraco; sobre e desce. Dessa forma, a transmissão de
corrente elétrica também pode ser compreendida como a transmissão de uma onda,
conceito que será importante daqui pra frente.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Pois
bem, quando enrolamos duas bobinas em sentidos opostos (anti-horário e horário)
e as colocamos sob a mesma variação de campo magnético (às mesmas cordas
vibrando) o que acontece é que geramos duas ondas (uma para cada bobina) com <u>fases
opostas</u>. A diferença de fase é a diferença de tempo ou distância entre duas
ondas, que pode ser resumidamente explicada assim:<o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-3HxhHFLt8RU/V8TwcBCKFBI/AAAAAAAABLU/rKfpgTaqHMgLeOdDEexbhSMy-RYaGkJgwCLcB/s1600/220px-Phase_shift.svg.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><img border="0" height="222" src="https://4.bp.blogspot.com/-3HxhHFLt8RU/V8TwcBCKFBI/AAAAAAAABLU/rKfpgTaqHMgLeOdDEexbhSMy-RYaGkJgwCLcB/s320/220px-Phase_shift.svg.png" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: #666666; color: white;">Ondas fora de fase</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 70.8pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">- Imagine duas ondas iguais caminhando juntas; subindo e descendo
juntas. Agora imagine que uma começou a caminhar antes da outra. Elas estarão
descompassadas, ou seja, quando umas estiver no topo (ou no vale) a outra não
estará e vice-versa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , sans-serif; text-indent: 35.4pt;">Quando
as fases são opostas quer dizer que enquanto uma onda atinge seu pico, a outra
atinge seu vale, e vice-versa. Acontece que quando duas ondas de fases opostas
se encontram, se anulam. Pois é, muita física só pra explicar que duas bobinas
enroladas em sentido contrário e sob a mesma vibração de cordas anulam
frequências (ondas) entre si (desculpem mas achei que valia à pena explicar). </span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-LruOYumyRUs/V8TwwUgFy4I/AAAAAAAABLY/hTVyekOZ1W04vs6VhuCyenRhpBZrObPBQCEw/s1600/Cancel180.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-LruOYumyRUs/V8TwwUgFy4I/AAAAAAAABLY/hTVyekOZ1W04vs6VhuCyenRhpBZrObPBQCEw/s1600/Cancel180.gif" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: #666666; color: white;">Adição de ondas de fases opostas resultando em anulação</span></td></tr>
</tbody></table>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-AYHYwuHtaVg/V8TxoM1FeYI/AAAAAAAABLc/7w1FUN4NFd0bJ9nZp-DLhWv0duXL1TrQgCLcB/s1600/HumCancelGraph_4.gif" imageanchor="1" style="display: inline !important; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><img border="0" height="237" src="https://4.bp.blogspot.com/-AYHYwuHtaVg/V8TxoM1FeYI/AAAAAAAABLc/7w1FUN4NFd0bJ9nZp-DLhWv0duXL1TrQgCLcB/s400/HumCancelGraph_4.gif" width="400" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: #666666; color: white;">Figura-resumo das observações de Seth Lover - retirado do artigo da SD</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Nas pesquisas de Seth Lover, na época engenheiro da Gibson, isso tinha um lado
bom e um lado ruim. O lado bom é que resolvia o problema ao qual foi destinado
a resolver: sumir com o ruído dos captadores de uma bobina (P90 no caso). Por
outro lado, criava o problema do captador ficar mudo (anulação total das
frequências). Ele observou, entretanto, que se a polaridade do ímã de uma das
bobinas fosse invertida, apenas o sinal captado das cordas ficava com fase
oposta. Consequentemente, concluiu, assim como muitos de vocês devem estar
fazendo agora, que duas bobinas tivessem polaridade de ímã e enrolamento
opostos, o ruído seria anulado e o sinais das cordas não. </span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-HxGN4ZtyKmo/V8Tyq-dUd6I/AAAAAAAABLg/QYkzCY05Kf4AEDa-x8bMGhMdgYbNbjcKQCLcB/s1600/pic_200707_getwired_2.gif" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="background-color: #666666; color: white;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-HxGN4ZtyKmo/V8Tyq-dUd6I/AAAAAAAABLg/QYkzCY05Kf4AEDa-x8bMGhMdgYbNbjcKQCLcB/s1600/pic_200707_getwired_2.gif" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="background-color: #666666; color: white;">O captador <i>humbucker</i></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white;"><span style="background-color: white;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: "arial" , "sans-serif";"></span><br /></span>
<span style="background-color: white;"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: "arial" , "sans-serif";"></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">A última grande
sacada deste gênio foi colocar um mesmo ímã para as duas bobinas, de forma que
a posição de cada uma no captador fosse suficiente que os campos magnéticos em
cada uma fossem opostos. Estava criado o <i>humbucker</i>,
que vem de “<i>buck the hum”</i> (cancelar o
zumbido)! Tudo isso está muito bem explicado <a href="http://www.seymourduncan.com/blog/the-tone-garage/how-hum-cancelling-works-part-1">neste</a> e <a href="http://www.seymourduncan.com/blog/the-tone-garage/how-hum-cancelling-works-part-2">neste</a> artigos da Seymour Duncan.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Em
guitarras tipo stratocaster, as posições 2 e 4 também apresentam cancelamento
de ruídos pelo mesmo princípio, porém com o captador do meio apresentando enrolamento
e ímã de polaridade reversos (já que não é um ímã só para duas bobinas),
conhecido como RWRP (<i>Reverse-Wound and
Reverse Polarity</i>). O mesmo acontece para as posições do meio de Telecaster
e Les Paul (sim, dá pra fazer isso entre dois <i>humbuckers</i>). Todos esses timbres se incluem no timbre “fora de fase”
(<i>out-of-phase</i>).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Além do
conceito de fora-de-fase é necessário compreender o de série-paralelo.
Revivendo, novamente, a física do colegial temos a resistência equivalente.
Resistência equivalente é aquela que pode representar dois ou mais resistores
em um circuito. Seu valor, entretanto, depende da forma que associamos estes
resistores, podendo ser em série ou em paralelo. Quando em associados em série,
a resistência equivalente aumenta (corresponde à soma de ambos), quando em
paralelo, ela cai (seu inverso é a soma dos inversos das resistências
associadas). Sabendo que bobinas são resistências e que quanto maior seu valor maior
é o sinal de saída deles (sinal de entrada/ganho de entrada no amplificador ou
pedais), associação em série nos dá um timbre com maior ganho e mais gordo e macio
enquanto em paralelo nos dá um som de menor ganho, mais magro e brilhante.
Tradicionalmente, as bobinas em um <i>humbucker</i>
estão ligadas em série, enquanto a ligação padrão entre diferentes captadores (<i>humbuckers</i> ou não) numa mesma guitarra
(Telecaster, Stratocaster, Les Paul) é em paralelo. A associação tradicional fora
de fase (com cancelamento de frequências) e em paralelo (com queda da
resistência) das posições 2 e 4, da Stratocaster, e meio, da Telecaster e Les
Paul, explicam a pequena queda de ganho nestas posições.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white; font-family: "arial" , "sans-serif";">Os primeiros
circuitos que vocês verão nos próximos <i>posts</i>
se resumem a diferentes associações entre captadores, entre bobinas em um mesmo
captador e entre bobinas de diferentes captadores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-color: #666666; color: white;"><br /></span></div>
<span style="background-color: #666666; color: white;"><span style="background-color: white;"><br /></span>
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: "arial" , "sans-serif";"><span style="background-color: #999999; color: white;">Nos
vemos no próximo <i>post</i>!</span><span style="background-color: white; color: #222222;"><o:p></o:p></span></span></div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-83086731785393362192016-08-25T14:46:00.006-07:002016-08-25T14:46:58.197-07:00Pedais Catalinbread Wiio e Royal Albert Hall (RAH)<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Dando continuidade ao último <i>post</i>,
enquanto pesquisava sobre os amplificadores Hiwatt também me interessava pelos
pedais tipo <i>amp-in-a-box</i>. Essa categoria de pedais corresponde a
circuitos desenvolvidos para se comportar como um amplificador específico, os
quais virei fã de carteirinha. Existe uma enorme gama destes pedais, em que,
citando apenas alguns temos:</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 5pt 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">- Simuladores de
Marshall Plexi e/ou JCM800: Catalinbread Dirty Little Secret, Wampler Plexi
Drive, Wampler Plexi Drive Deluxe, Wampler Plextortion Lovepedal COT50,
Lovepedal Purple Plexi, JHS Charlie Brown, JHS Angry Charlie, Xotic BB Preamp,
e, porque não, o brasileiro Fuhmarnn Classic 800</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 5pt 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial, sans-serif;">- Simuladores de Fender Tweed: Wampler Tweed 57, Boss FBM-1,
Catalinbread Formula 5</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman", serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 5pt 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial, sans-serif;">- Simuladores de Fender Blackface: Wampler Black 65, Boss FDR-1</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman", serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 5pt 35.4pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span lang="EN-US" style="font-family: Arial, sans-serif;">- Simuladores de Vox AC30: Wampler Thirty Something, Catalinbread CB30,
Catalinbread Galileo</span><span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman", serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Como pode-se ver, Catalinbread e
Wampler são duas companhias que se destacam esse ramo. A primeira,
especificamente, me cativou ainda mais por ser ainda mais ousada e apresentar
pedais <i>amp-in-a-box</i> de sistemas de <i>delay </i>de
fita clássicos Echoplex (Catalinbread Belle Epoch) e Binson (Catalibread
Echorec, um sonho de consumo) e de amplificadores para além do tripé do som <i>vintage</i> (Fender,
Marshall e Vox). Neste segundo caso, durante minhas pesquisas, encontrei algo
que não sei como ainda não havia pensado: pedal <i>amp-in-a-box</i> de
Hiwatt. A Catalinbread não satisfeita, ainda me alegrou em dobro: dois pedais
diferentes com duas leituras diferentes dos Hiwatt. A primeira leitura é da
sonoridade clássica da marca britânica de amplficadores, calcado no som do The
Who (infelizmente já descontinuado), chamado de Catalinbread Wiio, enquanto a
segunda, a cereja do bolo, merece uma descrição mais longa:</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Jimmy Page havia pedido um amplificador
sob medida para Dave Reeves, fundador, dono, e desenvolvedor dos amplificadores
Hiwatt, que unisse as qualidades da marca a agressividade de um Marshall Plexi
(amplificador padrão de Page). Não bastasse tudo isso, o amplificador em
questão (e caixas 4x12) foi o utilizado numa das melhores apresentações do Led
Zeppelin, e a melhor gravada em vídeo, em 1970 no Royal Albert Hall.</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Este vídeo mostra a abertura do show
(pra mim, a melhor abertura da história do rock) com <i>We're Gonna Groove</i>, e,
de vez em quando, consegue-se ver os cabeçotes. Que timbre!:</span><span style="font-family: "Times New Roman", serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/C3r444ASEiU/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/C3r444ASEiU?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 107%;">Esta é uma foto de Page no documentário<span class="apple-converted-space"> </span></span><i style="text-align: start;">It Might Get Loud</i><span style="text-align: start;"> de 2008 com o inseparáveis cabeçotes
Marshall e Hiwatt ao fundo:</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="text-align: start;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-bO5mUBg662Y/V79eoahYrFI/AAAAAAAABKs/YrKu_kM7q-grQSG8_jfvumLkEd2Jeu-ZQCLcB/s1600/jimmypagevoxul4120ricke_zps28aa30a3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><img border="0" height="180" src="https://1.bp.blogspot.com/-bO5mUBg662Y/V79eoahYrFI/AAAAAAAABKs/YrKu_kM7q-grQSG8_jfvumLkEd2Jeu-ZQCLcB/s320/jimmypagevoxul4120ricke_zps28aa30a3.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
história, a performance e o timbre foram suficiente para demandar um pedal que
tentasse reunir tudo isso: Cataliebread RAH (Royal Albert Hall). Foi a primeira
vez, e única, que ouvi falar de um pedal que tentava recriar o timbre de um
show.</span><o:p></o:p></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Acontece
que não tinha contatos nos EUA muito menos dinheiro para comprar um
Catalinbread Wiio ou RAH, e, justo neste momento, me apareceu mais um golpe de
sorte nesta trajetória timbrística. Fuçando mais na internet, descobri a
comunidade Handmades Brasil, que abriu meus olhos para o mundo <i>handmade</i>. Um mundo de melhores
componentes, customização e atendimento que as grandes marcas (Boss, Electro
Harmonix, etc...) com qualidade equivalente e preço muito inferior aos
importados de boutique (Wampler, JHS, Catalinbread, etc...). Já havia
encontrado os circuitos dos dois pedais em questão na<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://revolutiondeux.blogspot.com.br/">La Révoultion Deux</a> (que
está na lista de blogs do Guitarra Timbrada) e estava à procura de alguém
para confeccioná-los. Conversando, entre uma cerveja e outra, com um amigo da
faculdade do curso noturno, o Lucas, do qual vão ouvir falar bastante por aqui,
descobri que o cara é técnico em eletrônica! Na hora me passou uma infinidade
de pedais que poderia fazer com ele, e ele, como sempre, se empolgou na hora e
topou o desafio. Me fez um preço tão em conta que nem precisei me decidir por
um dos dois. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Era o
começo de muitos pedais que vocês verão por aqui. O resultado foi ótimo: além
do timbre, toda a dinâmica (resposta à intensidade do toque e ao knob de
volume), que é marca registrada destes pedais, está lá! Pretendo fazer um<span class="apple-converted-space"> </span><i>post</i> no futuro com um
vídeo mostrando a qualidade destes pedais e comparando eles quanto à
agressividade, mais "Plexi" do RAH e mais<span class="apple-converted-space"> </span><i>punch</i> do Wiio, e às
diferenças na equalização. Como aperitivo fiquem com três vídeos do YouTube dos
originais:</span><o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/S6-u-VmKBnM/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/S6-u-VmKBnM?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/-3ySQsCWkzY/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/-3ySQsCWkzY?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe width="320" height="266" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/5KHm0qtLC-8/0.jpg" src="https://www.youtube.com/embed/5KHm0qtLC-8?feature=player_embedded" frameborder="0" allowfullscreen></iframe></div>
<br />Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-46432415066815017172016-08-20T14:47:00.002-07:002016-08-24T13:15:12.498-07:00O Timbre dos Hiwatt<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Meu apreço pelos amplificadores Hiwatt
começou quando eu e minha banda fomos ensaiar em uma sala diferente da que
costumávamos alugar (a mais barata sempre) no estúdio. O habitual Fender
Frontman 212R, então, deu lugar ao Hiwatt G100R cujo som do canal clean não
saiu de minha cabeça por vários dias.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A princípio achei que tinha gostado apenas por se tratar de um
novo timbre, ao qual não estava acostumado, porém, mais alguns ensaios e a
vontade de agendar um horário na sala só para tocar naquele amplificador
novamente, mesmo que sem a banda, desmentiram a teoria. O Hiwatt G100R é, sem
dúvida, um dos melhores amplificadores tranzistorizados no mercado brasileiro,
os quais pretendo listar em um<span class="apple-converted-space"> </span><i>post</i> no
futuro.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Instigado por não
conhecer, fui pesquisar um pouco sobre a Hiwatt e cheguei em nomes como Pete
Townshend, David Gilmour, Martin Barre e Jimmy Page. Sempre fui fã dos timbres
de Pete Townshend e David Gilmour porque ambos apresentavam um timbre bem
britânico em seus amplificadores, porém não tão agressivos (em timbre né)
quanto seus contemporâneos Jimmy Page, Eric Clapton (no Cream) ou George
Harrison (nos Beatles). O timbre é mais comprimido/equilibrado e com mais</span><span class="apple-converted-space" style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span><i style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">punch</i><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> de graves e</span><span class="apple-converted-space" style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"> </span><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">agudos mais suaves e redondos.
Acredito que muito disto tudo se resume (bem resumidamente) ao fato dos
amplificadores Hiwatt ressaltarem mais os médio-graves que os médio-agudos em
relação aos amplificadores Marshall e Vox, que, por sua vez, caracterizam o
timbre britânico desta época. Tudo isso, porém, sem deixar de ter uma sonoridade
britânica. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Achei este vídeo no youtube comparando um Marshall e um
Hiwatt que mostra um pouco desta diferença:</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/_JAT-mmWoHA/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/_JAT-mmWoHA?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Isto tudo resulta no que tanto me agrada
no timbre dos dois guitarristas em questão: <o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- um<span class="apple-converted-space"> </span><i>punch</i> inigualável
no overdrive (sem ser muito agressivo), associado aos captadores P90 e o jeito
de tocar de Pete Townshend (resumido no <i>riff</i> de<span class="apple-converted-space"> </span><i>Won't Get Fooled Again)</i><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">- um<span class="apple-converted-space"> </span><i>clean</i> gordo
e equilibrado, porém britânico (porque estes aspectos estão relacionados a
amplificadores tipo Fender, geralmente), de David Gilmour, resumido nos solos
de<span class="apple-converted-space"> </span><i>Shine On You Crazy Diamond.</i><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É muito importante lembrar que parte da "receita" deste
timbre se deve aos falantes. Arrisco dizer que, na verdade, a maior parte se
deve a eles, pois acredito que os falantes são a parte mais importante no
timbre de um amplificador (falarei mais disso futuramente). A importância dos
falantes Fane (estes dos quais falo) desta época é tamanha que não só a própria
marca continua produzindo para as caixas Hiwatt como também as duas outras
linhas pra guitarra da marca (AXA e Medusa) são inspirados neles. Algumas das principais
marcas do mundo também têm seus modelos baseados nos Fane: Eminence Tonker e Tonkerlite e Weber
FC12.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Achei este vídeo no YouTube, que compara um falante <i>vintage</i> Fane
com um WGS Reaper (uma versão do Celestion G12H,um dos maiores responsáveis
pelo timbre Marshall das décadas de 60 e 70 junto ao o Celestion Greenback). Dá
pra notar a proximidade que o Fender Bassman adquiri aos Hiwatt somente pela
mudança do falante, e, consequentemente, na capacidade do falante de modificar
o timbre de um amplificador:</span><span style="font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/SGLBlsyIntM/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/SGLBlsyIntM?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A admiração pelos amplificadores Hiwatt, posteriormente, me levou
aos pedais Catalinbread, os quais irei falar no próximo<span class="apple-converted-space"> </span><i>post</i>. Então:<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Nos vemos no próximo<span class="apple-converted-space"> </span><i>post</i>!</span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-35102883644428555692016-08-20T14:47:00.001-07:002017-03-03T03:31:32.787-08:00Etna: Minha Strato SX SST Ash<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Em geral quando
lemos sobre a primeira guitarra encontramos publicações saudosistas e de gente
que até hoje guarda a sua. Meu caso é um pouco diferente. Embora tenha passado
bons momentos com minha Eagle Strato dada pelo meu padrinho (chinesa, do século
XXI, não as de qualidade da década de 90) não sinto saudades dela (mas sou
eternamente grato, dindo, hahaha). A guitarra era realmente ruim, braço duro e
ferragens de péssima qualidade, em especial as tarraxas: lembro-me de pedir
para a banda “descer” meio tom pois as tarraxas, que embora não tivessem trava,
travavam no giro (rsrs) e não permitiam “subir” mais a afinação.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Foi durante o
colegial, comendo salgado no almoço e guardando o troco (minha mãe quase me
matou quando descobriu) e com umas outras economias que consegui comprar uma
Epiphone Les Paul 100. Queria uma Les Paul, queria ser Jimmy Page. Timbre nem
passava pela minha cabeça, até porque se passasse não iria terminar com essa guitarra,
muito menos uma nova. Vi a besteira no ano seguinte quando tive a oportunidade
de tocar uma Les Paul Epiphone Standard do meu amigo João Sampaio, hoje na
banda Os Amanticidas, com um lindo <i>flame
top</i>, que ainda vou publicar aqui. Estava decidido a copiá-lo, e, embora não
tivesse o mesmo <i>top</i>, consegui adquirir uma excelente coreana (construção
superior, em geral, e ainda com tarraxas vintage em tulipa) e na cor <i>honeyburst</i>. Minha inexperiência era tão
grande que toquei com ela por um ano com todos os <i>knobs</i> de volume e <i>tone</i> no 10,
sem tocar na chave de posição e sem notar que o captador do braço estava
invertido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Mas por quê
estou falando tudo isso se o <i>post</i> era
sobre minha strato?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Pois bem, estive
eu acostumado com a sonoridade dos humbuckers e da Les Paul, sem tocar minha
Eagle há uns 4 anos, quando lembrei dela e decidi retirá-la do fundo do
guarda-roupa para brincar um pouco. Quando toquei o primeiro acorde, demorei
mais de um minuto para tocar novamente. Não entendia como era possível sair um
som tão diferente e tão bonito. Aquele timbre cristalino e principalmente
profundo e estalado do captador do braço (sou um grande fã desta posição na
strato) me cativaram. Conseguia escutar o Jimi Hendrix naquela guitarra. O
impacto daquele timbre foi tão grande que fiquei me perguntando durante dias,
semanas, que, se aquela guitarra tão mal construída podia soar legal, imagina uma
strato boa!<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Decido em
comprar uma strato, fui pesquisar sobre as melhores custo x benefício e os
valores associados. Foi aí que descobri o blog Loucos Por Guitarra, na publicação
sobre as guitarras SX, em especial a sobre a SX com corpo de <i>Swamp Ash,</i> com a qual ele teve o melhor
resultado (depois que adquiri ele mostrou a superioridade das guitarras da marca
Vintage). Neste post, o Paulo e o Oscar trocam quase tudo na guitarra, ficando
quase só com o corpo e o braço de originais. Eis que estava orçando quanto
ficaria copiar esta empreitada que encontrei, por uma incrível coincidência, um
vendedor no MercadoLivre vendendo sua SX <i>Swamp
Ash</i>, com corpo em duas peças (!), com ponte e <i>saddles</i> fender, bloco manara, escudo branco envelhecido, verniz
fosco e captadores Malagoli Alnico Blues. Tudo, com exceção dos captadores e da
manutenção das tarraxas originais, exatamente como no <i>post</i>! E tudo por um excelente preço e perto de São Paulo!<o:p></o:p></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-1I2xF3LhUbg/V7jOIxpTjFI/AAAAAAAABIc/xkB3U-7jM0MoAZP4Lj2lEKy3Q6t1irwCwCLcB/s1600/ASH-Natural-Tortoise-12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="271" src="https://1.bp.blogspot.com/-1I2xF3LhUbg/V7jOIxpTjFI/AAAAAAAABIc/xkB3U-7jM0MoAZP4Lj2lEKy3Q6t1irwCwCLcB/s400/ASH-Natural-Tortoise-12.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A SX SST Ash como vem de fábrica</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Obviamente, comprei a guitarra,
mas vendi os captadores (me arrependo até hoje, pois não conhecia a Malagoli e
vi que valiam um dinheiro) e comprei um trio de captadores Fender <i>Custom Shop 69’</i>. Estão vendo o que é
falta de conhecimento? Se conhecesse a Malagoli na época, teria comprado o <i>Custom 69</i> deles e teria garantia
vitalícia (só não digo que economizaria dinheiro porque achei alguém que
pudesse trazer dos EUA pra mim e o dólar estava baixo na época). Minha nova
strato soava como nunca, principalmente por causa dos <i>custom 69</i>, que, ao contrário dos 57/62 e dos 54 são feitos com fio <i>Plain Enamel</i>, que diminui o estalado e
confere uma profundidade aos graves linda, ao meu ver, bem na pegada do Hendrix
(em um <i>post</i> futuro irei falar de
outro captador feito com este fio). Ressalto a importância do bloco de aço
Manara neste timbre, também, que considero o melhor <i>upgrade</i> em uma strato, acima da troca de captadores, inclusive (faz
corpo e braço vibrarem muito em conjunto).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Embora o
timbre seja maravilhoso, a pegada deixa um pouco a desejar. Não é o caso de ser
ruim mas é inferior a qualidade sonora da guitarra. O corpo é alguns milímetros
mais fino que o padrão Fender, que por um lado alivia no peso e por outro
retira parte da sensação de “potência” do instrumento. O braço é gordo mas o raio da escala é muito plano (14”, odeio) <span style="text-indent: 47.2px;">o que dá, na verdade, uma impressão de ser fino. Isto, somado</span><span style="text-indent: 35.4pt;"> ao </span><i style="text-indent: 35.4pt;">shape</i><span style="text-indent: 35.4pt;"> em D, dá uma pegada bem ruim
nas laterais. Acho bizarro como um braço que reuni aspectos que gosto,
gordo e com </span><i style="text-indent: 35.4pt;">shape </i><span style="text-indent: 35.4pt;">em D, consegue ser
ruim pra mim (daí a importância do raio da escala!).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A strato ficou
assim durante mais de dois anos, até que decidi unir o útil ao agradável:
precisava comprar umas peças na Guitar Fetish e aproveitei para comprar um jogo
de tarraxas Wilkinson EZ-lok em linha. Da mesma forma, aproveitei que teria que
retirar as cordas e as tarraxas para mudar totalmente sua aparência: “consertar”
o bico de papagaio do <i>headstock</i>,
blindar, trocar o escudo por um de cor creme, retirar o verniz fosco do corpo
(que estava inteiro trincado e batido), tingir o <i>ash</i> e envernizar novamente. A ideia era ressaltar os veios lindos
do <i>ash</i> e deixá-lo na cor marrom
escuro.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Lixei o corpo
com uma lixadeira com uma lixadeira orbital do meu cunhado e lixas 400-1200,
que deu muito suor e trabalho.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-qaClK86LRYA/V7jPS2kP3sI/AAAAAAAABIk/OawVESwkJgcPAQAwc52Y7qb2Jv09yXEnACLcB/s1600/unnamed.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center; text-indent: 35.4pt;"><img border="0" height="179" src="https://3.bp.blogspot.com/-qaClK86LRYA/V7jPS2kP3sI/AAAAAAAABIk/OawVESwkJgcPAQAwc52Y7qb2Jv09yXEnACLcB/s320/unnamed.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="text-indent: 35.4pt;">Depois de
lixado, tingi o corpo com anilina (tonalidade imbuia), passando algumas demãos
extras nas bordas (tentando um degradê para o centro do corpo). Envernizei com
verniz spray de acabamento brilhante sem passar seladora. O </span><i style="text-indent: 35.4pt;">ash</i><span style="text-indent: 35.4pt;"> é uma madeira bem porosa então
absorveu bem o verniz e não deu um aspecto tão brilhante (eu não poli com cera
também, embora ainda pretenda fazer um dia). Dentre os defeitos encontrados,
teve o de ter colocado muita pressão na lixadeira, o que resultou em sulcos
espiralados salientados no tingimento, e o de não ter conseguido retirar o
antigo verniz em todos os cantos, o que resultou em pontos claros no corpo.
Também tive que refazer os furos do escudo, porque o anterior ou o novo não
apresentavam mesmo padrão. Esta diferença também resultou num mal contato nos </span><i style="text-indent: 35.4pt;">pots</i><span style="text-indent: 35.4pt;"> que ficaram pressionados entre si e
com a madeira (problema simples que vou resolver mais pra frente).</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O <i>headstock </i>refiz com ajuda da grosa e de
lixas (aproveitei para colocar um decalque fender). Dentre os erros ficou a
descontinuidade entre os vernizes recente e antigo (que era esperado e que não
consegui suavizar com lixa), e, na pressa de instalar as tarraxas e regular, o
verniz ainda não estava 100% seco e acabou torcendo:<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Apesar dos
problemas citados eu fiquei muito satisfeito e orgulhoso pelo resultado final:<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-8_ET8cOkXvA/V73bUXFTvBI/AAAAAAAABJo/YCzidqcjj7cqWQc2UfXELmwz_HeRHJZIQCLcB/s1600/14113960_1066074016806639_1428738957_o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-indent: 35.4pt;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-8_ET8cOkXvA/V73bUXFTvBI/AAAAAAAABJo/YCzidqcjj7cqWQc2UfXELmwz_HeRHJZIQCLcB/s400/14113960_1066074016806639_1428738957_o.jpg" width="225" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px; text-align: justify; text-indent: 47.2px;">Apesar de tudo, veios bem destacados</span></td></tr>
</tbody></table>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-dw96f_MDQ-8/V73bVIgLezI/AAAAAAAABJw/1-oTUy69mKEXjB714Rq9Z-gRrNwHEHMHACLcB/s1600/14123323_1066074053473302_1062887448_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-dw96f_MDQ-8/V73bVIgLezI/AAAAAAAABJw/1-oTUy69mKEXjB714Rq9Z-gRrNwHEHMHACLcB/s400/14123323_1066074053473302_1062887448_o.jpg" width="225" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: 12.8px; text-align: justify; text-indent: 47.2px;">Ainda mais destacados deste lado</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Xzno42jIBUc/V73bUexYh3I/AAAAAAAABJk/LC--UYb_UxcvD3C7oa97QBId5Yb3DknHACLcB/s1600/14113809_1066073936806647_1567074417_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"></a></div>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-rsx_4XBCEiA/V73bUEOweNI/AAAAAAAABJg/VLLrpMQ-H38LQEyirWgOKpkzihpFUl1DwCLcB/s1600/14075126_1066073916806649_177651351_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-rsx_4XBCEiA/V73bUEOweNI/AAAAAAAABJg/VLLrpMQ-H38LQEyirWgOKpkzihpFUl1DwCLcB/s400/14075126_1066073916806649_177651351_o.jpg" width="225" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Decalque Fender ligeiramente torto</td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-AZ7dRFql5sg/V73bVEzHeQI/AAAAAAAABJ0/VLj8G44-_z8ueZ0or95XOiStXB0_yJlZgCLcB/s1600/14114686_1066073986806642_1424685092_o.jpg" imageanchor="1" style="display: inline !important; margin-left: auto; margin-right: auto; text-indent: 35.4pt;"><img border="0" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-AZ7dRFql5sg/V73bVEzHeQI/AAAAAAAABJ0/VLj8G44-_z8ueZ0or95XOiStXB0_yJlZgCLcB/s400/14114686_1066073986806642_1424685092_o.jpg" width="225" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O verniz "torcido"</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-Xzno42jIBUc/V73bUexYh3I/AAAAAAAABJk/LC--UYb_UxcvD3C7oa97QBId5Yb3DknHACLcB/s1600/14113809_1066073936806647_1567074417_o.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://2.bp.blogspot.com/-Xzno42jIBUc/V73bUexYh3I/AAAAAAAABJk/LC--UYb_UxcvD3C7oa97QBId5Yb3DknHACLcB/s400/14113809_1066073936806647_1567074417_o.jpg" width="225" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Pontos amarelados onde o verniz não saiu e o tingimento não penetrou</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">Como foi a meu primeiro trabalho com madeira, decidi chamá-la de Etna, que corresponde à oficina de Hefestos (deus grego dos artesãos), e também porque sou geólogo e os bonitos veios dela me lembram fluxo de lava. </span><br />
<span style="text-indent: 35.4pt;">Essa é a minha strato, adquirida num golpe de sorte, que pretendo, em </span><i style="text-indent: 35.4pt;">posts</i><span style="text-indent: 35.4pt;"> futuros, apresentar alguns áudios. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<o:p></o:p></div>
<br />
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<br />
Até o próximo <i>post</i>!<o:p></o:p></div>
Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com14tag:blogger.com,1999:blog-1961777774343254771.post-19979237902279755002016-08-20T10:35:00.004-07:002016-08-20T15:17:03.427-07:00O Primeiro Post<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
O universo da guitarra, mais
especificamente o do timbre de guitarra. Tão vasto com seus pedais,
amplificadores, captadores, guitarras (obviamente) e muito mais coisas, e tão
interessante, capaz de nos proporcionar os mais diversos sentimentos. Tão especial
para nós que até mesmo um simples sentimento consumista precisa de uma sigla
específica: <i>GAS (Gear Acquisition Syndrome)</i>,
a qual fiquei muito surpreso ao descobrir não ser apenas uma sigla e sim um
termo realmente técnico (ao vê-lo no <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Gear_Acquisition_Syndrome">Wikipedia</a> hahaha).<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
Parte por <i>GAS</i>, parte pelo espírito empirista, os últimos anos foram de
algumas experiências e muitas pesquisas sobre este vasto universo, as quais, junto
a bons trabalhos como os dos blogs <a href="http://guitarra99.blogspot.com.br/">Loucos Por Guitarra </a>e <a href="http://minhaguitarradecedro.blogspot.com.br/">Minha Guitarra de Cedro</a>,
me incentivaram a criar este blog, com intuito de compartilhar o que aprendi e
aprender ainda mais com você, leitor.<o:p></o:p></div>
</div>
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Como tudo dentro do tema “timbre de guitarra” é baseado no
gosto do guitarrista e como muitos <i>posts</i>
serão experiências que o guitarrista que lhe escreve fez, achei imprescindível
contar um pouco da minha história e minhas preferências. Assim sendo, inspirado
no primeiro post do blog Minha Guitarra de Cedro, decidi fazer deste primeiro <i>post</i> um breve resumo sobre minha trajetória.<o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
Me mudei para
o bairro da Pompéia (sei que essa informação parece meio perdida, mas será
importante para futuros <i>posts</i>), na
cidade de São Paulo, aos 3 anos e nunca mais saí (hoje tenho 23). Comecei
tocando violão de forma autodidata aos 11 anos com ajuda do meu pai e do meu
irmão, que já tocavam, e dos sites de cifra na internet. Muito do que considero
bom na pegada/tocabilidade de uma guitarra provém deste meu começo no violão de
nylon, como braços gordos com <i>shapes</i>
U ou D (C não é de todo ruim também), por exemplo. Continuei autodidata até o
segundo ano do colegial (2009) quando fiz um ano de aulas particulares de
violão para corrigir algumas coisas e aprender um pouco sobre improvisação (só
fixei a pentatônica mesmo, infelizmente). Posteriormente prossegui como
autodidata. Dessa forma, já afirmo que não sou um bom guitarrista (sou intermediário)
e talvez meu conhecimento técnico sobre pedais, captadores, etc, seja superior
à minha qualidade técnica como instrumentista (façam o que eu digo não o que eu
faço haha). Pretendo colocar alguns vídeos dos meus equipamentos em ação, então
não se assustem com minha deficiência técnica. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
Minha história
no universo do timbre de guitarra, de forma mais profunda, só teve início no segundo ano de faculdade
(2012), quando me reuni com amigos para formamos uma banda. Agora como
universitário, tinha conseguido juntar uma grana com a bolsa de iniciação
científica e dando aulas particulares de química e desejava comprar uma nova
guitarra (substituir minha Epiphone Les Paul 100 – que guitarra horrível;
péssima compra) e necessitava comprar um novo amplificador, visto que um
Marshall MG15 não iria dar conta nem dos ensaios. A limitação financeira de
estudante, e, atualmente, de formado não-assalariado, é importante nesta
trajetória, visto que sempre tive que escolher o melhor custo x benefício das
coisas. Isto desencadeou o meu apreço por amplificadores transistorizados
(sim, eu gosto), a descoberta dos pedais handmade, a customização de guitarras
chinesas, e, principalmente, a valorização do trabalho brasileiro, que possui
muitíssimas coisas de qualidade (dentre elas, madeiras!!!). As primeiras pesquisas foram na busca de
amplificadores, pois a guitarra já estava decidida: uma Epiphone Les Paul
Standard (essa sim, coreana, uma maravilha). Comprei um Giannini Thuder Sound
SL em um combo 2x12, com falantes Novik, talvez a pior compra da minha vida. Muitíssimo pesado e
alto (em volume: moro em apartamento!!), que, apesar de revisado, só me deu
problema por causa do transporte para os ensaios.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-9TeDjAcTbUw/V7iUWs77wOI/AAAAAAAABHI/74w0wR10FJUX25BcWiDxXMQvoI83AmLPwCLcB/s1600/P3010019_2816x2112.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="240" src="https://1.bp.blogspot.com/-9TeDjAcTbUw/V7iUWs77wOI/AAAAAAAABHI/74w0wR10FJUX25BcWiDxXMQvoI83AmLPwCLcB/s320/P3010019_2816x2112.JPG" width="320" /></a></div>
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-7JsAGPUMJjU/V7iUW3QK2mI/AAAAAAAABHM/RVwWQdoTTTkZZ2iu_KQ_SrThvSOkF6f0ACLcB/s1600/P3010041_2816x2112.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-7JsAGPUMJjU/V7iUW3QK2mI/AAAAAAAABHM/RVwWQdoTTTkZZ2iu_KQ_SrThvSOkF6f0ACLcB/s320/P3010041_2816x2112.JPG" width="320" /></a>Depois de gastar mais de 50% do que havia pago nele em consertos,
justamente quando ele estava em perfeito funcionamento, não me sentia mais
confortável em tocá-lo. A válvula quente não me dava tesão, só me dava medo, e,
na minha opinião o que importa é a diversão, não somente o timbre. Vendi e até
hoje não me sinto confortável com um valvulado (embora aquele tenha sido,
sonoramente, o melhor amplificador no qual toquei). Posteriormente, descobri que ele foi revisado e teve seu combo confeccionado pela JW Tubes (processo que pode ser visto <a href="http://jwtubes.blogspot.com.br/2010/05/thunder-sound-sl.html">aqui</a>), de onde consegui estas fotos dele (quem comprou se deu muito bem, porque estava perfeito depois dos consertos):</div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-indent: 47.2px;">
<span style="text-indent: 47.2px;">Acontece que ele era um amplificador sem saturação, ou seja, minhas pesquisas prosseguiram nos pedais de drive os quais comecei com um Marshall Bluesbreaker II e um Boss FBM-1 (novamente compras horríveis), e daí por diante nunca mais parei de pesquisar.</span></div>
<div style="text-indent: 47.2px;">
Por fim, ressalto meu gosto musical, o qual se concentra nas décadas de 60 e 70 (meu gosto por rock, por exemplo, termina em 1980 com a morte de John Boham e o fim da minha banda preferida) e em bandas atuais inspiradas nesta época, tais como Tame Impala, Temples e as brasileiras O Terno e Boogarins. Ou seja, dificilmente você, leitor, verá <i>posts</i> sobre pedais distortion, guitarras superstrato, virtuosismo demasiado, como conseguir o timbre do Slash (esse com certeza não estará aqui hehe), etc, até porque não tenho conhecimento para falar sobre. De qualquer forma, sintam-se livres para comentar e sugerir os temas <span style="font-family: "wingdings";">:)</span></div>
</div>
</div>
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<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt; text-indent: 35.4pt;">
<div style="text-align: justify;">
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<div style="text-align: justify;">
Nos vemos nos
próximos <i>posts</i>!<o:p></o:p></div>
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<br /></div>
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Felipehttp://www.blogger.com/profile/09766737962257072050noreply@blogger.com0